"Até ontem (domingo) foram recenseados 99.477 e ainda faltam os dados de Bafatá, Biombo e Mansaba", disse, em conferência de imprensa na sede do GTAPE, em Bissau, Alain Sanka.
Questionados pelos jornalistas se o GTAPE conseguia fazer o recenseamento dos cerca de 900 mil eleitores previstos até 20 de outubro, data em que termina o recenseamento, o diretor-geral da área cartográfica, Braima Biai, disse que a GTAPE está a trabalhar no calendário que existe.
"Há estrangulamentos com a colocação atempada de ?kits' no terreno. O GTAPE estabeleceu um plano de emergência. A comunicação e sensibilização também foram reforçadas. Estamos a trabalhar com base na data do decreto presidencial", salientou.
O Presidente José Mário Vaz marcou as eleições legislativas para 18 de novembro em abril, na sequência de uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO para ultrapassar o impasse político que se vivia no país desde 2015 e que incluiu também a nomeação de Aristides Gomes primeiro-ministro do país, bem como a reabertura do parlamento.
O processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos sem assento parlamentar e da sociedade civil, que têm pedido que as legislativas sejam adiadas.
Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.
A Nigéria acabou por se disponibilizar para doar 350 ?kits' de registo biométrico, mas apenas 150 chegaram ao país, devendo os restantes ser recebidos nos próximos dias.
O recenseamento começou a 20 de setembro e deve terminar a 20 de outubro.
O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral está a fazer o registo de eleitores em todo o território nacional e diáspora com apenas 150 ?kits'.
MSE // PJA
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