Ao receber os cadernos, alvo de uma auditoria internacional por parte de peritos da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), o presidente da CNE, José Pedro Sambú, confirmou a realização de eleições, a 10 de março, "num clima da paz, segurança e tranquilidade".

José Pedro Sambú disse que com o ato, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE, instituição do Governo) cumpriu com a sua missão, passando a responsabilidade pela condução do processo à CNE, após discussões acaloradas e interpretações distintas entre os atores guineenses, disse.

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo, Agnelo Regala, considerou que a realização da auditoria aos ficheiros eleitorais, uma das exigências feitas pelos partidos políticos, "demonstra a credibilidade" do recenseamento o que, disse, "dá uma confiabilidade" ao processo.

Regala afirmou que agora caberá a CNE fazer avançar o processo, para que a 10 de março os guineenses escolham os seus dirigentes para os próximos quatro anos.

"Os partidos podem digladiar-se, mas na base de projetos concretos", exortou o governante, pedindo civismo, unidade nacional e fraternidade entre os concorrentes, evitando o incitamento às divisões da população com base na etnia ou religião.

O comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse hoje que os peritos demonstraram que o processo de recenseamento na Guiné-Bissau foi credível e transparente.

"Os peritos demonstraram a credibilidade e transparência do processo de recenseamento biométrico, baseado nas impressões digitais dos eleitores. Mais de 700 mil eleitores foram recenseados e os partidos políticos tomaram nota das correções feitas e as listas definitivas vão ser entregues à Comissão Nacional de Eleições", disse o general Francis Awagbe Behanzin.

MB (MSE) // JH

Lusa/Fim