"Aviões de combate e artilharia do Exército israelita atingiram cerca de 40 alvos terroristas do Hezbollah", nos arredores de Aita al-Shaab, no sul do Líbano, incluindo locais de armazenamento de armas, informou o Exército, em comunicado.

Israel justificou o seu ataque contra esta área do sul do Líbano alegando que o grupo xiita tinha estabelecido dezenas de instalações militares e de infraestruturas para atacar civis e soldados israelitas.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, acrescentou que o Comando Norte do Exército conseguiu eliminar metade dos comandantes do Hezbollah.

Por seu lado, o grupo libanês também assumiu hoje a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de projéteis contra a cidade israelita de Shomera, no seu segundo ataque deste tipo e desta magnitude contra o norte de Israel num período de poucas horas.

A ação foi uma resposta ao que o Hezbollah diz ter sido um "massacre" cometido na terça-feira na cidade libanesa de Hanine, no sul do país, onde foram registados mortos e feridos civis, de acordo com um comunicado.

Na terça-feira, Israel anunciou a morte de dois membros da milícia xiita libanesa Hezbollah em ataques aéreos realizados no sul do território libanês, que se repetem desde o início da guerra em Gaza, em outubro passado.

A fronteira entre Israel e o Líbano vive um momento de alta tensão, com uma intensa troca de tiros durante mais de seis meses que custou a vida a quase 400 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah.

Em Israel, 18 pessoas morreram no norte (10 soldados e 8 civis); enquanto do outro lado da fronteira morreram cerca de 370 pessoas, incluindo 46 membros de outras milícias, um soldado libanês e cerca de 60 civis, incluindo 10 menores e três jornalistas, além de vários combatentes do Hezbollah.

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