"A nossa mensagem para o mundo é que estão a permitir que um Governo extremista em Israel viole o direito internacional e o direito humanitário", disse o chefe da diplomacia jordana, Ayman Safadi.

Numa declaração no final de uma reunião de um grupo de contacto ministerial islâmico e árabe em Amã para pressionar um cessar-fogo em Gaza, Safadi descreveu o Governo israelita como "o mais extremista da história de Israel".

Denunciou que se está a permitir que o Governo de Israel "viole os direitos do povo palestiniano, viole os seus locais sagrados e empurre a região para o abismo".

Safadi apelou à comunidade internacional para "tomar medidas práticas" para "mostrar que há um preço a pagar" por ações que "desafiam as decisões do Tribunal Internacional de Justiça".

"A prioridade é parar a agressão contra Gaza, a escalada na Cisjordânia e a escalada contra o Líbano", afirmou, citado pela agência espanhola Europa Press.

Safadi excluiu, no entanto, a possibilidade de a Jordânia romper o acordo de paz de 1994 com Israel, segundo o diário jordano Al Rai.

"Não acreditamos que o cancelamento do acordo de paz sirva os interesses da Jordânia e da Palestina. Estamos a utilizá-lo para proteger os interesses da Jordânia e do povo palestiniano", justificou.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar contra o enclave palestiniano com mais de dois milhões de habitantes, que em 11 meses causou mais de 41.200 mortos, de acordo com o governo do Hamas.

Devido à guerra, Gaza está também a enfrentar uma crise sem precedentes, com milhares de pessoas a necessitarem de ajuda alimentar urgente, segundo as organizações internacionais.

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