A sentença do conhecido "caso Lussati" foi apresentada hoje à noite pelo juiz da causa, Andrade da Silva, numa sessão bastante concorrida e durou mais de cinco horas.
Segundo o juiz, ficou provado, em sede de julgamento, que Pedro Lussati cometeu os crimes de peculato, por adulterar folhas de salário da Casa de Segurança do Presidente da República de Angola.
Lussati foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de peculato, quatro anos de prisão por fraude no transporte de moeda e quatro anos de prisão pelo crime de branqueamento de capitais.
O juiz em cúmulo jurídico elaborou pena única de 14 anos de prisão e 100 dias de multa.
O caso envolve 49 arguidos, incluindo altas patentes militares e civis, supostamente envolvidos no desvio de milhões de dólares através de um esquema fraudulento de pagamentos de salários inflacionados e a funcionários "fantasma".
Os arguidos, entre os quais oficiais das Forças Armadas Angolanas (FAA) e civis, são indiciados dos crimes de peculato, associação criminosa, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio, abuso de poder, fraude no transporte e outros.
O Ministério Público angolano pediu "condenação máxima" para o major Pedro Lussati e os restantes 48 coarguidos por agirem de "má-fé" e de "forma dolosa".
DYAS // LFS
Lusa/Fim
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