"Nós suspendemos a greve, ouve entendimento nesse sentido, tanto mais que já temos segurança nos hospitais que era uma das nossas reivindicações", disse hoje à Lusa a presidente do Sindicato dos Médicos (Simed), sublinhando que "a resolução de outras questões foram remetidas para um memorando de entendimento dentro de um prazo estipulado".

Benvinda Vera Cruz não adiantou o prazo para a assinatura desse memorando entre os sindicatos e o Governo, mas recorda que entre as duas partes ainda não houve total consenso.

"Não chegamos ainda a consenso propriamente dito, nós conversamos e decidiu-se que vai se elaborar um memorando de entendimento com as questões devidamente definidas", disse Benvinda Vera Cruz.

A 21 de janeiro, o sindicato dos médicos (Simed), dos Técnicos da Saúde (Sintrasa) dos enfermeiros e parteiras (Sinep) e o sindicato dos serviços gerais da saúde (Sinsergers) remeteram ao governo uma carta de pré-aviso de greve com um conjunto de nove reivindicações, entre as quais, a aprovação e publicação do Estatuto de Carreira dos profissionais de saúde.

O aumento de salário-base em 100 por cento, promoção e progressão dos profissionais nas carreias e a formação e capacitação dos quadros estão incluídos na lista de reivindicações dos profissionais da saúde.

No carta de pré-aviso de greve, os trabalhadores queixavam-se da "carência de consumíveis, desde medicamentos, reagentes, meios técnicos", bem como "ausência de condições de trabalho a todos os níveis" e exigiam garantia de segurança nos serviços hospitalares.

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