De acordo com um comunicado a que a agência Lusa teve acesso, esta ocupação está a decorrer na Faculdade de Ciências, no departamento de Ciências de Computadores da U.Porto.
Os manifestantes exigem que a U.Porto “rompa imediatamente todos as relações que mantém com instituições e empresas israelitas e que condene oficialmente o atual genocídio na Palestina”.
“Exigem ainda que a Universidade do Porto use a sua influência junto da Câmara Municipal do Porto e do Estado português para condenar as atrocidades cometidas pelo estado colonial de Israel e para romper as relações diplomáticas com o mesmo”, pode ler-se no comunicado.
A ação faz parte da luta internacional de protesto estudantil que se iniciou nos campus norte-americanos e já se estendeu a universidades de várias cidades europeias, do Canadá, México e até Austrália, a exigir o fim da ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
“As estudantes, juventude e pessoas solidárias com a luta pela libertação da Palestina recusam-se a testemunhar passivamente a expressão mais violenta deste século no que diz respeito às políticas imperialistas que lucram com a distribuição da morte, opressão e pobreza”, referem ainda os organizadores do protesto, no comunicado.
Esta ação decorre no seguimento de uma carta aberta enviada ao reitor da U.Porto e de uma assentada realizada em 08 de maio em frente ao edifício da reitoria da U.Porto, frisaram ainda.
Os manifestantes garantiram também que vão continuar as ações “até que as exigências dos estudantes sejam acatadas”.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou acima de 35 mil mortes, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o enclave numa situação de grave crise humanitária.
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