"Foram registados ganhos significativos no teatro de operações [...] já não existem bases permanentes dos terroristas", disse Cristóvão Chume, durante um encontro com adidos de defesa acreditados em Moçambique.

Segundo o ministro da Defesa moçambicano, os insurgentes estão agora espalhados em pequenos grupos e numa situação vulnerável, face à ofensiva das forças moçambicanas, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Cristóvão Chume destacou ainda que tem sido registado um "enfraquecimento da capacidade operacional dos terroristas", além de terem sido neutralizados os líderes dos grupos, entre moçambicanos e de outras nacionalidades.

"Falamos de enfraquecimento, não de eliminação. Estamos cientes de que vamos levar muito tempo para eliminá-los", alertou o ministro.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada promovida por rebeldes, com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da SADC, libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

Em cinco anos, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

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