O ministro conservador avançou à comunicação social, sem entrar em detalhes, o plano que irá anunciar no próximo dia 17, na Câmara dos Comuns, para responder à crise e à dívida.

"Temo que todos nós iremos pagar um pouco mais de impostos, mas não são apenas más notícias. Acho que o que as pessoas reconhecem é que, se lhes quer dar confiança sobre o futuro, precisa de ser honesto sobre o presente. E tem de se ter um plano", disse Hunt, em declarações à Sky News.

O ministro britânico argumentou que este será um plano para ajudar a reduzir a inflação, a controlar os preços elevados da energia e a recuperar o crescimento.

O ministro, que substituiu Kwasi Kwarteng à frente da pasta da Economia em 14 de outubro, salientou que o Governo terá de tomar "decisões muito difíceis", mas defendeu que o país é "resistente" e tem enfrentado "desafios muito maiores".

"O plano que apresentarei na Câmara dos Comuns na quinta-feira será aquele que nos ajudará a superar esses tempos difíceis", acrescentou.

Ao assumir o cargo, Hunt reverteu o plano económico da ex-primeira-ministra Liz Truss, que provocou turbulência nos mercados financeiros.

Há dez dias, o Banco de Inglaterra anunciou um aumento da taxa de juros de 0,75 pontos percentuais para 3%, o nível mais alto desde 2008, para ajudar a conter a inflação.

Segundo o banco, o Reino Unido pode estar a caminho de uma recessão prolongada, embora espere que a inflação caia significativamente a partir de meados de 2023.

De acordo com os cálculos do banco central, a inflação pode chegar a 11% até o final deste ano, enquanto o desemprego no Reino Unido pode fixar-se em 6,4% no final de 2025, que compara com os atuais 3,5%.

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