"Esta decisão é sustentada pelas perspetivas de manutenção da inflação em um dígito [abaixo de 10%] no médio prazo, não obstante os elevados riscos e incertezas associados à estas projeções", nomeadamente com a guerra na Ucrânia, justificou.

Em abril, a inflação anual "acelerou para 7,9%, contra 6,7% em março, a refletir o aumento dos preços dos combustíveis e dos bens alimentares".

"A inflação subjacente, que exclui os preços dos bens e serviços administrados e das frutas e vegetais, e que é impactada pela política monetária, mantém-se estável", ou seja, "para o médio prazo, antevê-se a manutenção da inflação em um dígito, favorecida, em parte, pela estabilidade do metical", moeda moçambicana.

Por outro lado, "mantêm-se as perspetivas de crescimento económico para 2022 e 2023", com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 4,1% no primeiro trimestre de 2022.

O banco central considera que tal reflete "o contínuo alívio das medidas restritivas para a contenção da covid-19, que impulsionou sobretudo a hotelaria e restauração, e a melhoria da procura externa que, por sua vez, favoreceu o desempenho da indústria extrativa".

A próxima reunião ordinária do Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique está agendada para 27 de julho.

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