"Estivemos um ano inteiro a ouvir que o aumento do salário mínimo levaria a uma quebra da competitividade das exportações e a uma redução do emprego. Tivemos um aumento do salário mínimo e um aumento recorde do emprego, não houve um aumento do emprego tão grande desde o início do século, e estamos a ter um crescimento das exportações como não se verificava há mais de seis anos", referiu.

Caldeira Cabral reagia assim ao estudo, hoje apresentado, dos economistas Pedro Portugal e Olivier Blanchard, que defende que um aumento do salário mínimo como previsto e prometido pelo Governo português terá "efeitos adversos no emprego", sobretudo para os trabalhadores pouco qualificados, "a menos que as contribuições sociais sejam reduzidas".

"As pessoas sabem perceber o que é que os números dizem e sabem fazer as contas", contrapôs o ministro da Economia.

Manuel Caldeira Cabral falava em Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, à margem de uma visita às futuras instalações do grupo Prozis, um investimento de 12 milhões de euros que irá criar uma centena de postos de trabalho.

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