Numa mensagem transmitida pelo seu porta-voz, o secretário-geral da ONU manifestou-se "chocado" com o ataque russo que atingiu edifícios civis.

António Guterres "condena todos os ataques contra civis ou infraestruturas civis", referiu o porta-voz, citado pela AFP.

Em comunicado, a Comissão Europeia também condenou "nos termos mais fortes possíveis" os ataques da Rússia contra civis, incluindo o de hoje em Vinnytsya, que fica a 268 quilómetros da capital, Kiev.

"A União Europeia condena nos termos mais fortes possíveis estes contínuos ataques indiscriminados contra objetivos civis, incluindo hospitais, instalações de saúde, escolas e abrigos. Esta atrocidade em Vinnytsya foi a última de uma série de ataques brutais contra alvos e infraestruturas civis", refere a CE.

O comunicado está assinado pelo chefe da diplomacia da UE, Josep Borrel, e pelo comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, assinalando ambos que o exército russo está a deixar "um rasto de sangue na Ucrânia" e que milhares de civis "já foram mortos".

Apontando o "comportamento bárbaro da Rússia", o comunicado sublinha que a população civil ucraniana "continua a pagar um preço elevado nesta guerra devido ao desrespeito da Rússia pelo Direito Internacional Humanitário".

"Não pode haver impunidade pelas violações e crimes cometidos pelas forças russas e seus superiores políticos. Todos os responsáveis por essas atrocidades devem ser responsabilizados por suas ações, de acordo com o Direito Internacional", enfatizaram Borrell e Lenarcic.

Além de terem atingido edifícios civis, os mísseis disparados por um navio russo no mar Negro provocaram um incêndio que destruiu 50 automóveis que se encontravam num parque de estacionamento.

LT // RBF

Lusa/Fim