No âmbito deste projeto, os reclusos vão ter três horas por semana para aprenderem música e tocarem instrumentos musicais, especificou à agência Lusa fonte da Câmara de Sintra.

Segundo a mesma fonte, esta iniciativa possibilita aos participantes "frequentarem um conjunto de módulos de formação", com um horário de três horas semanais distribuídas em uma hora de formação musical, uma hora e meia de orquestra e 30 minutos de aulas individuais de instrumentos.

As aulas têm data prevista de início em 18 de novembro.

Os participantes vão ter assim a oportunidade de aprenderem a tocar um instrumento musical de uma das quatro famílias de instrumentos de orquestra: cordas, madeiras, metais e percussão.

A fonte da câmara especificou que, em relação ao estabelecimento prisional de Sintra, onde existe um total de 767 reclusos, o projeto vai ser direcionado aos que se encontram a frequentar a escolaridade obrigatória, num total de 80.

No estabelecimento prisional da Carregueira, o projeto está direcionado a todos os 646 reclusos, aos quais se juntam os 68 que estão em regime aberto.

O projeto das Orquestras de Sintra tem a sua base nas Orquestras Escolares de Sintra, destinadas aos alunos do 2º e 3º ciclo do ensino básico e secundário das escolas públicas do concelho, explicou a autarquia num comunicado.

Segundo a câmara, as Orquestras Escolares de Sintra contam atualmente com cerca de 400 jovens e 15 escolas e promovem o direito à educação e à participação cultural, uma vez que a "cultura e a arte são componentes essenciais para uma educação global e harmoniosa das crianças e jovens".

O projeto expande-se agora para os estabelecimentos prisionais com o objetivo de "fortalecer os laços sociais entre reclusos e a comunidade", através de práticas artísticas, culturais e educativas, utilizando a música como forma de transformação social.

As Orquestras de Sintra estão a ser desenvolvidas numa parceria com o Instituto Padre António Vieira (IPAV), que irá realizar a "formação inicial e acompanhamento técnico dos professores", bem como a "conceção e implementação de programas de desenvolvimento de competências socioemocionais" direcionadas a cada recluso individualmente, preparando a transição dos mesmos para a saída da prisão.

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