No voto de pesar, os deputados destacam os impactos em vários municípios, com a destruição de casas e danos em estradas, pontes e outras infraestruturas, "deixando um rastro de destruição em Díli e noutros pontos do país".

"Os nossos primeiros pensamentos estão com as famílias enlutadas, a quem transmitimos a nossa mais profunda e sentida solidariedade", refere o texto do voto de pesar.

"Neste momento de dor, o Parlamento Nacional, reunido em sessão plenária, expressa o seu mais profundo pesar pelas vítimas mortais das cheias que atingiram o país e transmite às suas famílias e a todas as pessoas afetadas por esta tragédia a sua solidariedade", acrescenta.

Os deputados saúdam o trabalho dos bombeiros, agentes da proteção civil, forças de segurança e de defesa, e a todas as estruturas locais e autoridades públicas que estão no terreno, "pelo seu esforço, dedicação e espírito de missão".

Mas sublinham também o "espírito resistente que caracteriza o povo timorense" e que se faz sentir estes dias "com grande intensidade, havendo uma enorme mobilização, generosidade para fazer chegar a ajuda necessária a todas as vítimas e nos trabalhos de limpeza".

"O Parlamento expressa, ainda, em nome do povo timorense, o seu profundo agradecimento pelas mensagens e ações de solidariedade dos países amigos, da Igreja e congregações religiosas, das agências, organizações de cooperação e entidades privadas que estão presentes no nosso país, bem como dos cidadãos estrangeiros que aqui residem", refere-se no texto.

Os deputados pedem que apesar da crise atual, incluindo das dificuldades e desafios associados ao combate à covid-19, é crucial que seja feito "o levantamento urgente e rigoroso dos danos" e que a ajuda "chegue o mais rapidamente possível a todos os afetados" pelas cheias.

"É absolutamente essencial assegurar o retomar da normalidade e garantir que os esforços na prevenção e combate à pandemia não ficam prejudicados", referem.

"A prevenção e combate a desastres naturais são sempre desafiantes. A dimensão e os efeitos dramáticos desta calamidade devem fazer-nos refletir, mas também definir e executar as políticas necessárias com vista ao ordenamento e crescimento sustentável das nossas cidades e a assegurar que o país tem capacidade para prevenir e combater catástrofes desta natureza", consideram.

ASP // VM

Lusa/Fim