As duas jovens fazem parte do movimento Climáximo “pela justiça climática” e participaram na manhã de hoje, com outros dois jovens, numa marcha lenta “contra o genocídio da crise climática”, na Rua de Sapadores, em Lisboa.
Ouvida pela Lusa, Mariana Rodrigues, do Climáximo, disse ter estranho a atuação policial porque se tratou de uma marcha legal, comunicada com a devida antecedência à Câmara Municipal de Lisboa. A meio do percurso a marcha foi parada pela polícia, disse.
A responsável confirmou que as duas ativistas detidas já foram libertadas, depois de serem identificadas na esquadra da Penha de França e acusadas de crimes de desobediência e obstrução do trânsito, e lamentou que as duas ativistas tivessem de estar quase seis horas na esquadra.
De acordo com um comunicado divulgado na tarde de hoje pelo grupo a ação teve apoio popular, apesar dos protestos de alguns automobilistas.
Os quatro jovens, em marcha lenta na rua, transportaram uma faixa com a frase “a crise climática é um genocídio”.
Jovens do movimento Climáximo têm protagonizado com regularidade ações de protesto pelo uso de combustíveis fósseis. Na sexta-feira distribuíram panfletos nas carruagens do metro a sensibilizar a população para agir “e juntar-se à resistência climática” mas também foram parados pela polícia.
Atualmente estão a ser julgados 11 jovens por terem bloqueado o viaduto Duarte Pacheco, também em Lisboa.
Sara Gaspar, uma das ativistas, citada no comunicado, aponta os “direitos conquistados no 25 de Abril” e diz que “todas as pessoas têm o direito e o dever de resistência contra a guerra que foi declarada contra a vida, deliberada e conscientemente, há décadas, por parte de governos e de empresas”.
E deixa uma garantia: “vamos continuar a resistir”.
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