"O PCP trouxe a este debate cerca de três dezenas de soluções e compromissos concretos (...). Não houve um a que o PS ou o Governo dessem perspetiva de querer corresponder e assim deixaram levar pelo vento as vãs proclamações de abertura e disponibilidade para o diálogo e para a convergência", disse Jerónimo de Sousa, na intervenção final do debate do Programa do Governo, na Assembleia da República.

O dirigente comunista sustentou que não houve "sequer abertura para aqueles [problemas] que são mais urgentes, como a valorização de todos os salários, incluindo do salário mínimo nacional para 850 euros no curto prazo", assim como das reformas e pensões, através de um "aumento extraordinário que reponha o poder de compra perdido com a inflação".

"Quando o Governo afirma que a resposta à inflação não pode ser o aumento dos salários e das pensões, então está a dizer que serão os trabalhadores e os reformados a pagar a crise com as suas condições de vida", acusou o secretário-geral do PCP.

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