Os dados foram avançados pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), que sublinhou continuar a dar prioridade à contratação de locais, num ano em que o território semiautónomo chinês perdeu quase 14 mil trabalhadores não residentes, ou seja, aqueles que têm permissão de permanecer em Macau somente enquanto possuírem um visto de trabalho.

De fevereiro a 18 de setembro, "a DSAL encaminhou 13.302 pessoas para entrevistas, tendo 2.609 pessoas sido contratadas com sucesso".

Por outro lado, "realizou um total de 25 sessões de emparelhamento profissional destinadas aos trabalhadores de diferentes setores (...), das quais 610 foram contratadas com sucesso através do emparelhamento", acrescentou a mesma entidade.

A DSAL sublinhou o trabalho que tem sido efetuado para ajudar os recém-licenciados a encontrarem emprego, diretamente, como a encontrarem um local para iniciarem estágio subsidiado.

Outra das apostas da DSAL tem-se centrado na realização de formações subsidiadas: um dos planos de aperfeiçoamento arrancou em setembro, outro orientado para a empregabilidade, este mês, e que envolve 1.623 pessoas.

Na primeira fase foram organizadas 96 turmas de formação. "Neste momento, todos os cursos já foram concluídos e contaram com a participação de 1.721 cidadãos, tendo 1.550 concluído o curso. A DSAL fez o encaminhamento de 914 deles, dos quais 567 foram contratados pelas empresas", indicou.

A DSAL sublinhou que "está sempre atenta à situação do mercado de trabalho e faz ajustamentos no momento oportuno, assegurando, em primeiro lugar, a prioridade no acesso e na continuidade do emprego dos residentes", indicando que, até final de agosto, registou-se uma diminuição de 13.827 trabalhadores não-residentes, em comparação com aqueles contabilizados em 31 de dezembro de 2019.

Apesar de não ter registado contágios locais, de não ter casos ativos e ter identificado apenas 46 pessoas infetadas desde o início da pandemia, a economia da capital mundial do jogo, muito dependente do mercado turístico chinês, ressentiu-se significativamente, sobretudo devido às restrições fronteiriças.

O Governo de Macau concretizou um plano sem precedentes de ajuda financeira à população e empresas e anunciou apoios ao emprego e formação, especialmente dedicados aos residentes.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e trinta mil mortos e mais de 35,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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