Em comunicado divulgado hoje, a Polícia Sul-Africana (SAPS) revelou que foram detidas 11 pessoas, dos quais uma mulher e oito homens oriundos do Zimbabué, e dois indivíduos de Moçambique, que se encontravam ilegalmente no país.

Segundo as autoridades sul-africanas, as detenções ocorreram na quinta-feira em Witbank (atual Emalahleni), a cerca de 170 quilómetros a leste de Joanesburgo, numa operação em articulação com a estatal Transnet, que é responsável pela infraestrutura portuária e de caminhos-de-ferro no país.

Na operação, a polícia diz ter recuperado material cromado retirado do sistema público ferroviário sul-africano avaliado em cinco milhões de rands (297 mil euros).

"Descobriu-se que os suspeitos que foram presos faziam parte de um grupo que alegadamente roubava e contrabandeava material cromado de comboios entre a Ferro Metals, em Witbank, e Richards Bay, em KwaZulu-Natal. Suspeita-se que o material era transportado em camiões para Gauteng, onde era depois vendido a certos indivíduos", adiantou a polícia sul-africana na nota, a que a Lusa teve acesso.

"A investigação prossegue e contamos efetuar mais detenções", concluiu.

Com mais de 35.000 quilómetros de linha férrea, a África do Sul tem-se confrontado nos últimos anos com o desmantelamento do sistema público ferroviário devido à criminalidade, segundo o Governo.

Em 2021, um relatório da Fundação Brenthurst considerou que a rede ferroviária sul-africana estava "à beira do colapso".

Segundo o relatório, cerca de dois terços dos cabos aéreos ao longo de mais de 3.000 quilómetros de ferrovia foram roubados, entre outros.

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