"Pedimos ao regime (do Presidente bielorrusso, Alexander) Lukashenko que expulse imediatamente o grupo Wagner da Bielorrússia", disse Kaminski após uma reunião com os seus homólogos lituano, letão e estónio.

De acordo com as autoridades polacas, milhares de mercenários do grupo paramilitar Wagner estão estacionados na Bielorrússia e o Presidente Lukashenko quis recentemente que esse número aumentasse para 10.000.

"São vários milhares, em parte criminosos libertados das prisões russas contra a promessa de participar na guerra na Ucrânia, profundamente desmoralizados e acusados de crimes de guerra. Este é um grupo grande, capaz de tudo", sublinhou Kaminsky.

O ministro polaco teme que a sua presença na Bielorrússia ameaça a segurança internacional e avisou o regime de Lukashenko que, "no caso de um incidente crítico na fronteira com a Bielorrússia, (...) todas as passagens de fronteira (com este país) que ainda estejam abertas serão fechadas".

Além disso, os ministros da Polónia e dos países bálticos pediram à Bielorrússia que "devolva imediatamente da zona fronteiriça para os seus países de origem todos os imigrantes ilegais que aí estão acolhidos pelos serviços bielorrussos".

Aqueles países acusam a Bielorrússia e a Rússia de terem orquestrado uma onda de imigração destinada a desestabilizar a região e toda a União Europeia -- uma acusação rejeitada pelas autoridades bielorrussas.

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