De acordo com as Nações Unidas, o tão grande crescimento deve-se ao aumento gradual da duração da vida humana, às melhorias na saúde pública e avanços na medicina, mas também a fatores como a nutrição, a higiene pessoal, e elevada e persistente fertilidade em alguns países.
No anúncio do número simbólico, a ONU nota que por norma os países com mais altos níveis de fertilidade são também os com mais baixo rendimento ´per capita´, a maioria na África subsariana, o que quer dizer que o crescimento global da população se vem concentrando nos países mais pobres do mundo, o que pode impedir a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) os maiores contribuintes para o crescimento a cada mil milhões desde 2010 são a Ásia e África, o que voltará a acontecer com os próximos mil milhões, em 2037, com a Europa a contribuir negativamente.
Para o aumento que será assinalado hoje pelas 09:00 foi a Índia o maior contribuinte, com 177 milhões de pessoas, ultrapassando a China, com 73 milhões. A contribuição da China, que ainda é o mais populoso (quase alcançado pela Índia) deve ser negativa nos próximos mil milhões.
O departamento de assuntos económicos e sociais da ONU nota que chegar agora a oito mil milhões de seres humanos é um "marco notável", já que a população mundial foi inferior a mil milhões durante milhares de anos e até 1800, e que levou mais de 100 anos a crescer de um para dois mil milhões.
Com um aumento exponencial no último século, e apesar de um abrandamento gradual mais recente, as previsões indicam que os nove mil milhões de 2037 passem a 10 mil milhões em 2058.
Na página oficial na internet a ONU refere que o crescimento populacional aumenta os impactos no ambiente e que o aumento dos rendimentos ´per capita´ é o "principal motor de padrões insustentáveis de produção e consumo".
FP/JMR // ZO
Lusa/fim
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