O pedido de Aoun surge um dia depois de o Governo israelita ter anunciado que não se retirará da área neste domingo, prazo limite previsto no acordo de cessar-fogo, enquanto a região não estiver sob controlo do exército libanês.
Numa conversa telefónica com Macron, o chefe de Estado libanês sublinhou "a necessidade de forçar Israel a implementar os termos do acordo para preservar a estabilidade no sul e pôr fim às suas sucessivas violações", segundo a Agência Nacional de Notícias (ANN) do Líbano.
Segundo a agência estatal, Aoun enfatizou a importância de pôr fim sobretudo à "destruição de cidades adjacentes à fronteira sul e de terras", algo que, segundo o Presidente libanês, dificultará o regresso dos libaneses às respetivas áreas de residência.
Durante a conversa, prosseguiu a ANN, Macron afirmou que está a estabelecer contactos para manter o cessar-fogo e concluir a implementação do acordo.
A conversa ocorre no mesmo dia em que o exército libanês afirmou que não pode completar o destacamento das suas tropas para o sul do país mediterrânico porque as forças israelitas ainda não abandonaram totalmente a região, tal como tinha sido acordado no cessar-fogo.
Na sexta-feira, o Governo israelita confirmou que não concluirá a retirada do sul do Líbano no domingo, dia em que expira a trégua de dois meses acordada entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, porque as forças libanesas ainda não se deslocaram para a zona.
O acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor nas primeiras horas de 27 de outubro passado, contempla a retirada total das tropas israelitas do sul do Líbano e a saída do Hezbollah da zona fronteiriça com Israel.
JSD // FPA
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