Aquela que é a maior empresa do Brasil informou, num comunicado enviado ao mercado, que, apesar dessa queda, a produção do ano passado ficou dentro da meta que havia estabelecido para 2021, que era atingir uma produção média de 2,72 milhões de barris por dia, com uma margem de oscilação de 4% (entre 2,61 e 2,83 milhões de barris diários).

No mesmo comunicado, a petrolífera estatal informou que, devido à menor participação em alguns campos que explora, reduziu a sua meta de produção para 2022, dos 2,7 milhões de barris por dia inicialmente previstos para 2,6 milhões de barris diários na nova projeção.

Isso significa que, em 2022, a produção da Petrobras voltará aos mesmos níveis de 2018 (2,63 milhões de barris diários).

A produção aumentou 5,4% entre 2018 e 2019, para 2,77 milhões de barris por dia, e 2,5% em 2020, para 2,84 milhões de barris diários, superando o recorde anterior da empresa, registado em 2015 (2,79 milhões de barris por dia).

Contudo, em 2021 caiu 2,5%, para 2,77 milhões de barris por dia, o mesmo nível de 2019, e em 2022 deverá diminuir novamente cerca de 6,1%, para 2,6 milhões de barris por dia.

A redução da produção entre 2020 e 2021 foi atribuída à inclusão de alguns campos importantes no plano de desinvestimentos da empresa.

Apesar disso, a petrolífera superou a meta do ano passado graças à entrada em produção de uma nova plataforma no campo de Sépia, que conta com uma reserva gigantesca no pré-sal, horizonte de exploração em águas profundas do Oceano Atlântico que pode transformar o Brasil num dos maiores exportadores mundiais de hidrocarbonetos.

A Petrobras teve que reduzir a sua meta de produção em 2022 devido ao facto de que a partir de maio terá uma participação menor tanto nas jazidas de Sépia, quanto de Atapu, ambas no pré-sal e que foram exploradas individualmente graças ao facto de o Estado lhe ter concedido os direitos sobre os mesmos num processo de capitalização da empresa, no qual não aportou recursos.

A partir de maio, explicou a empresa, a participação da Petrobras na Atapu cairá para 65,69% e a estatal dividirá essas riquezas com as multinacionais Shell (16,66%), Total (15,0%) e Petrogal (1,7%), vencedores de um leilão promovido no ano passado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) do Brasil.

Já a participação da estatal brasileira em Sépia cairá a partir de maio para 55,3%, com a entrada no consórcio explorador da Total (16,91%), Petronas (12,69%), QP (12,69%) e Petrogal (1,7%).

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