Do total de 23.934 toneladas de equipamentos recolhidos, a maior parcela (13 mil toneladas) corresponde a grandes equipamentos elétricos, nomeadamente grandes eletrodomésticos, e cerca de 10 mil toneladas correspondem a equipamentos de menor dimensão, como pequenos eletrodomésticos para preparação de alimentos, higiene pessoal ou equipamentos informáticos e tecnológicos.

Em comunicado, a sociedade gestora Electrão, que detém a maior quota de mercado na gestão de equipamentos elétricos usados, adianta ter ainda recolhido ao longo do ano passado um total de 315 toneladas de lâmpadas.

Em 2021, as recolhas deste tipo de material rondaram as 17 mil toneladas, mais cerca de 2% do que em 2020.

Segundo o Electrão, os aparelhos em fim de vida recolhidos diretamente pela sua rede de locais de recolha -- atualmente composta por mais de 9.000 - aumentou 6% face a 2021, enquanto as recolhas próprias passaram de 16.250 toneladas em 2012, para 17.268 toneladas em 2022.

Citado no comunicado, o presidente executivo (CEO) do Electrão, Pedro Nazareth, assinala que o aumento "muito expressivo" da reciclagem se deve à "continuidade" da expansão do número de locais da rede de recolha, "ao comprometimento e profissionalização dos diferentes parceiros" e ao contributo específico dos operadores de gestão de resíduos com quem o Electrão, refere, reforçou a colaboração em 2022.

Segundo o comunicado, o Electrão avançou com uma nova política de incentivos à atividade de recolha e reciclagem "desenvolvida de forma autónoma pelos operadores de gestão de resíduos", cujo "sucesso" ajuda a explicar os dados de 2022.

"O reforço da colaboração com estes operadores permitiu a recolha e reciclagem de 6.665 toneladas de equipamentos usados, na sua maioria provenientes de empresas", assinala a mesma informação.

A sociedade gestora atribui ainda à "colaboração mais estreita e algumas iniciativas com os operadores de gestão de resíduos, com os municípios e com os sistemas de gestão de resíduos urbanos" o aumento da reciclagem registado em 2022.

"Pelo seu significado de combate ao mercado paralelo, destaca-se o projeto de recolha porta-a-porta de equipamentos elétricos já implementado em vários concelhos da área metropolitana de Lisboa, evitando a deposição de grandes aparelhos na via pública", refere-se no comunicado, em que se assinala ainda o problema ambiental que representa o desvio de aparelhos.

"O desvio de aparelhos representa sobretudo um problema ambiental já que alguns contêm substâncias perigosas, que têm que ser tratadas e eliminadas em segurança em unidades especializadas", refere o CEO, sublinhando a necessidade de continuar a "combater a indiferença" de uma parte "relevante da população" sobre a necessidade de separar resíduos e reciclar.

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