Os ataques aéreos ocorreram nas estações ferroviárias de Pokrovsk e Sloviansk, na região de Donetsk (leste do país), e em Barvinkove, na região de Kharkiv, indicou o porta-voz do Ministério da Defesa, general Igor Konashenkov.

Na frente sul, Konashenkov assegurou que a Rússia destruiu com mísseis Bastion um outro centro de recrutamento e treino de estrangeiros situado na localidade de Krasnosilka, a nordeste da cidade de Odessa.

Nas últimas 24 horas, a aviação operacional-tática das Forças Aeroespaciais russas e as forças de mísseis atacaram 81 instalações militares na Ucrânia, ainda segundo o porta-voz.

O Ministério da Defesa russo acrescentou que desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, as suas forças já destruíram 97 helicópteros, 421 'drones' (aviões não tripulados), 228 sistemas de mísseis antiaéreos de médio e longo alcance, 2.019 tanques e outros veículos blindados de combate, 233 lança-foguetes múltiplos, 874 canhões de artilharia e morteiros e 1.917 unidades de veículos militares especiais.

Em paralelo, o Ministério da Defesa acusou as Forças Armadas de terem disparado deliberadamente um míssil sobre a estação ferroviária de Kramatorsk, região de Donetsk, onde se encontravam centenas de pessoas, e que terá provocado pelo menos 39 mortos.

O governador de Donetsk acusou os "fascistas russos" de terem dirigido o seu ataque de mísseis "Tochka-U" a esta estação, onde milhares de civis aguardavam para serem retirados para áreas seguras, mas segundo o Ministério da Defesa russo "o objetivo do ataque orquestrado pelo regime de Kiev na estação ferroviária de Kramatorsk consiste em impedir a partida da população da cidade para a poder utilizar como escudo humano".

Moscovo assegura que o míssil em causa foi disparado desde a localidade de Dobropillia, controlada pelas forças ucranianas.

A ofensiva militar russa na Ucrânia já matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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