A região administrativa especial chinesa fechou o mês de julho com 115 hotéis e pensões, menos seis do que em junho, a maior queda desde que a Direção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC) começou a reunir este tipo de dados, em janeiro de 1999, ainda durante a administração portuguesa.

O comunicado da DSEC não clarifica se os seis estabelecimentos fecharam mesmo as portas ou se foram "designados para observação médica e autogestão de saúde" e, como tal, "excluídos da compilação de resultados".

Quem chega a Macau do estrangeiro é obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel designado para o efeito.

O presidente da Associação de Hotéis de Macau, Luís Heredia, disse à Lusa não ter conhecimento do encerramento definitivo de qualquer hotel ou pensão em julho.

Ainda assim, o empresário português admitiu que "poderá haver alguns mais pequenos, com poucos quartos", que tenham fechado para manutenção ou encerrado temporariamente, "dada a situação de pouca ocupação".

Em julho, a taxa de ocupação média hoteleira em Macau foi de 38,1%, menos 25,6 pontos percentuais do que no mês do ano anterior. Foi o quinto mês consecutivo de queda em termos anuais.

No mês passado, os 115 hotéis e pensões do território, com um total de 32 mil quartos, hospedaram 309 mil pessoas, menos 55,6% em termos anuais.

Macau viveu, a partir de 18 de junho, o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia. Durante o surto, os turistas que viessem a Macau teriam de se submeter a uma quarentena obrigatória no regresso à China continental, medida que foi levantada em 03 de agosto.

Em resultado, o número de visitantes em Macau caiu, em julho, 98,8% em termos anuais.

Macau recebeu mais de 18 mil visitantes no sábado, o número mais elevado desde que a China levantou a quarentena obrigatória a pessoas vindas da região, anunciou no domingo a Direção dos Serviços de Turismo (DST).

Também no domingo, a DST lançou, na cidade vizinha de Zhuhai, "uma caravana promocional itinerante 'Sentir Macau, Sem Limites'" que vai passar por nove cidades da província de Guangdong.

O objetivo é atrair ao território entre 20 mil e 40 mil visitantes por dia ainda antes do período das férias do Dia Nacional da China, celebrado em 01 de outubro, disse o diretor adjunto da DST, Cheng Wai Tong, citado pela imprensa local.

A partir de 08 setembro, está ainda prevista a realização de uma "ação de grande envergadura": a "Semana de Macau em Qingdao", na província de Shandong, no leste da China.

Ao mesmo tempo, as autoridades anunciaram que estão a apostar no uso de plataformas 'online', desde redes sociais a 'sites' de comércio eletrónico e de agências de viagens.

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