De acordo com médicos iemenitas, três pessoas morreram e seis outras ficaram feridas por ataques aéreos da coligação a noroeste da capital iemenita, Sana, dominada pelos rebeldes.

"Três civis, entre os quais uma criança e uma mulher, foram mortos e seis outros feridos na cidade de Ajama", reportaram médicos à agência AFP.

Horas antes, a defesa civil do reino saudita tinha anunciado, em comunicado, que duas pessoas, das quais um saudita e um iemenita, morreram durante um ataque em Jazan, uma região saudita na fronteira com o Iémen.

Este ataque foi atribuído pelos sauditas a rebeldes Houthi e causou ainda ferimentos em sete civis, dos quais seis sauditas e um residente originário do Bangladesh.

É a primeira vez em meses que os ataques dos Houthi contra o reino saudita causam mortes, apesar de os rebeldes iemenitas lançarem regularmente mísseis e drones contra a vizinha Arábia Saudita, atingindo sobretudo os seus aeroportos e infraestruturas petrolíferas.

O conflito do Iémen eclodiu em 2014, quando os rebeldes Houthi, próximos do Irão, conquistaram grandes partes do oeste e norte do país, incluindo a sua capital, Sana, e escalou em 2015 com a intervenção da aliança árabe sunita, comandada pela Arábia Saudita.

A guerra civil do Iémen matou cerca de 130.000 pessoas e gerou o pior desastre humanitário do mundo atual.

No entanto, segundo a ONU, a guerra do Iémen causará a morte a 377.000 pessoas até ao fim de 2021, considerando que mais de metade destas pessoas são vítimas das consequências indiretas do conflito, nomeadamente falta de água potável, fome e doenças.

RCS // MSF

Lusa/Fim