Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average fechou em baixa de 0,63%, o alargado S&P500 perdeu 0,89%, com a maior desvalorização a ser apresentada pelo tecnológico Nasdaq que recuou 1,12%.
Depois dos importantes ganhos conseguidos na semana passada, as ações ficaram-se hoje por pequenos ganhos e perdas.
A vice-presidente da Fed, Lael Brainard, disse hoje que os dados da inflação recentes ofereciam alguns sinais de tranquilidade e que o banco central poderia reduzir o ritmo das subidas das taxas de juro.
Não obstante, um outro governador da Fed, Christopher Waller, afirmou, durante o fim de semana, que os decisores ainda tinham "muito caminho para andar" e que gostariam de ver mais informação coincidente antes de levantarem o pé na política monetária (leia-se: aliviarem o ritmo de subida da taxa de juro).
"Na medida em que houve poucas notícias durante o fim de semana, é normal que o mercado tenha dificuldade em encontrar uma direção", comentou, por seu lado, Andy Kapyrin, da Regent Atlantic.
Este analista avançou que o que retém da semana passada "é o facto de os investidores quererem comprar ações, mas precisam de uma boa razão para o fazer".
Para Nick Reece, da Merk Investments, estes sobressaltos testemunham "uma recuperação do mercado urso" (o designado 'bear market' no calão bolsista, relativo a um mercado em baixa), isto é, uma tendência de subida efémera que se inscreve em um ciclo, mais longo, de baixa.
Peter Boockvar, da Bleakley Financial Group, recordou que em outubro de 2008, em plena crise económico-financeira, Wall Street registou várias subidas superiores a 10% em uma única sessão, antes de cair semanas depois.
"Não penso que o movimento" observado na quinta e sexta-feira "seja credível", estimou Nick Reece. "A via privilegiada continua a ser a da baixa", reforçou.
RN // RBF
Lusa/fim
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