Quais os estragos da depressão Armand?

Portugal continental está a ser afetado pelos efeitos da depressão Armand, com vento, chuva — por vezes forte e persistente — e agitação marítima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Esta depressão, "à qual está associada uma massa de ar quente e húmida, com elevado conteúdo de vapor de água, afeta Portugal Continental desde o dia 19, e assim continuará até dia 21".

O que está em causa?

A depressão vai trazer precipitação, por vezes forte e persistente, e vento forte no litoral e terras altas, com rajadas de vento nos períodos de maior instabilidade, podendo atingir 95 quilómetros por hora no litoral Norte e terras altas.

Está igualmente previsto um aumento significativo da agitação marítima a partir do fim da tarde de quinta-feira, com ondas de sudoeste até cinco metros.

O IPMA revelou que a depressão vai afetar igualmente o arquipélago da Madeira, onde se espera a ocorrência de precipitação, por vezes forte e persistente, em especial na quinta-feira, assim como um aumento da agitação marítima, com ondas de noroeste com quatro metros.

Quais as ocorrências registadas durante a tarde de hoje?

A Proteção Civil registou entre as 18:00 de terça-feira e as 15:30 de hoje 373 ocorrências relacionadas com o mau tempo, balanço que não inclui a cidade de Lisboa, onde os bombeiros contabilizaram 45 situações, nomeadamente inundações.

“Desde as 18:00 de ontem [terça-feira], altura em que entrou em vigor o estado de alerta especial azul [grau de risco moderado, o menos grave numa escala de quatro, em que o mais elevado é o vermelho], até hoje às 15:30, foram registadas 373 ocorrências associadas ao estado do tempo”, disse Miguel Oliveira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Em declarações à agência Lusa, o responsável da Proteção Civil referiu que, entre o total de ocorrências, estão 142 situações de queda de árvores, 125 inundações e 29 quedas de estruturas como “sistemas movíveis, placares”, que não têm a ver com habitações.

“Não há registo de feridos, nem danos significativos”, indicou, acrescentando que as ocorrências podem ter provocado cortes de estradas, mas foram situações “momentâneas”, sem registo de nenhuma grande infraestrutura rodoviária cortada ao trânsito.

Quais os distritos mais afetados? 

Os distritos mais afetados foram Braga, com 63 ocorrências, e Porto, com 59, segundo o balanço da Proteção Civil, sendo que “a cidade de Lisboa não está incluída nestes dados”.

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