Ainda há milagres após 13 dias debaixo dos escombros. Atsu não foi um deles

Gonçalo Lopes
Gonçalo Lopes

Já passaram 13 dias após o trágico sismo que abalou a Turquia e a Síria, mas, felizmente, alguns milagres continuam a surgir, com o resgate de pessoas debaixo dos escombros.

Hoje, por exemplo, três pessoas foram encontradas com vida na província turca de Hatay, ainda que o balanço das vítimas mortais continue também a aumentar a cada dia que passa.

De acordo com dados oficiais da Turquia, naquele país já morreram mais de 44.000 pessoas. Com cerca de 300 horas passadas sobre o terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter – com epicentro em território turco – e a que se seguiram várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5, as hipóteses de encontrar sobreviventes vão diminuindo de dia para dia.

Um dos que não conseguiu sobreviver foi um velho conhecido do futebol português, o ex-portista Atsu. Depois de muitos dias de especulações, sobre se teria ou não sido retirado com vida dos escombros, este sábado confirmou-se a sua morte.

"É com profundo pesar que recebemos a notícia da morte do Christian Atsu, um dos nossos campeões de 2013. Que descanse em paz", publicou o FC Porto nas suas redes oficiais.

Dado como desaparecido desde o sismo de 6 de fevereiro, o corpo do jogador ganês foi encontrado nos escombros do apartamento de luxo onde vivia, em Antakya, na Turquia.

"À família e amigos, enviamos as mais sentidas condolências, mensagem que estendemos a todas as vítimas do sismo da Turquia e Síria", termina a nota dos dragões.

Tendo feito parte da formação no FC Porto, Atsu esteve ligado à equipa principal portista de 2011 a 2013, tendo a primeira época sido passada em Vila do Conde, num empréstimo ao Rio Ave. O ganês conquistou com os dragões um campeonato e uma Supertaça.

Equipa portuguesa de resgate regressou a Lisboa

Da Turquia também chegaram este sábado a Portugal os elementos da equipa de resgate que estiveram a ajudar, tendo chegado à capital portuguesa com o espírito de dever cumprido.

“Foi assim que chegámos ao fim desta missão, com o dever cumprido. A janela da percentagem de sobrevivência está completamente fechada. Se aparece alguém vivo, felizmente essa pessoa teve acesso a água. De outra maneira é impossível sobreviver a uma situação daquelas”, disse aos jornalistas o comandante da missão portuguesa, José Guilherme.

Apesar de terem regressado, a verdade é que o governo português voltou hoje a admitir o envio de mais equipas de resgate, caso seja necessário.

“Se for necessário mobilizar de novo uma nova força, Portugal já manifestou à embaixada a sua disponibilidade”, precisou aos jornalistas José Luís Carneiro, que esteve presente no terminal militar de Figo Maduro, em Lisboa, na cerimónia de chegada da missão portuguesa que desde o dia 08 esteve na Turquia para apoiar as operações de busca e salvamento após o sismo e várias réplicas.

A Força Operacional Conjunta (FOCON) - coordenada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e composta por 52 elementos da Força Especial de Proteção Civil da ANEPC, GNR, Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e por seis cães - esteve na Turquia através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

*Com Lusa

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