Venda da Efacec: “decisão fundamental”, negócio ruinoso ou “fait-divers”?
Aos 75 anos, com presença em 13 países e relações comerciais com outros 86, a Efacec volta a ser totalmente privada. Depois de ter sido resgatada pelo Estado, que nacionalizou 71,7% do seu capital em 2020, foi hoje discutida a privatização da empresa com raízes no Porto.
Na terça-feira, a Parpública vendeu a totalidade da Efacec à Mutares, um fundo de investimento alemão, depois da aprovação da Comissão Europeia. O ministro da Economia disse que o Estado vai injetar mais 160 milhões de euros na Efacec, enquanto o fundo Mutares injetará na empresa 15 milhões de euros em capital e 60 milhões de euros em garantias. Entretanto, já injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias.
“Tomámos uma decisão fundamental para o país e para a manutenção da empresa”, assegurou hoje aos jornalistas António Costa Silva.
Mas a “fundamental” decisão da venda da empresa tem reunido críticas de quase todas as frentes políticas.
À esquerda, o PCP defendeu hoje que a prioridade é travar a privatização da Efacec e não "analisar a desgraça" após estar feita, referindo-se a uma eventual comissão de inquérito, e disse esperar receber a documentação solicitada até à próxima semana.
O Bloco também se manifestou contra "desde o início", mas admitiu que poderá não inviabilizar uma proposta de inquérito parlamentar para obter mais esclarecimentos sobre o processo.
O referido inquérito parlamentar foi inicialmente proposto pela IL. Que entende tratar-se de um negócio ruinoso. Rui Rocha acusou o governo de ter enterrado 400 milhões de euros na Efacec, valor que, disse, supera a verba do Orçamento do Estado para 2024 "para toda a economia durante um ano".
Depois, foi a vez de André Ventura, que também classificou o negócio como ruinoso, acusar o Governo de mentir e considerou que a “venda mais não é do que um artifício para esconder a ineficácia” do executivo.
O PSD também quer ouvir o ministro. Joaquim Miranda Sarmento criticou o investimento total do Estado (os tais 400 milhões de euros) na empresa desde a sua nacionalização.
Para o líder parlamentar do PSD, a operação de venda ao fundo alemão com as condições hoje anunciadas demonstra que “a empresa tinha problemas graves” e que a justificação do Governo para a nacionalização com os problemas de ‘compliance’ e da acionista Isabel dos Santos não explicam os encargos desta dimensão para o Estado.
A nacionalização, na altura apresentada como temporária, ocorreu na sequência do arresto judicial de bens da empresária angolana Isabel dos Santos, que detinha a maioria do capital da Efacec.
Questionado sobre a possibilidade de ter de responder perante uma comissão de inquérito ao negócio da venda da empresa, o ministro da Economia respondeu tratar-se de um “fait-divers”. António Costa Silva garantiu ainda não se sentir pressionado relativamente às críticas.
Por último, o presidente da República, mais contido nas palavras por não conhecer "em pormenor as condições" da venda ao fundo alemão Mutares, considerou que no atual contexto "não havia nenhuma solução boa ou muito boa" para a reprivatização da Efacec.
Com ou sem solução boa, a Efacec está “preparada para novos e importantes desafios”, lê-se no site da empresa que conta com uma “vasta rede de filiais e agentes espalhados por quatro continentes”.
- 20:31
- O Exército israelita informou que as suas tropas mataram hoje mais de 130 militantes do movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
-
- 20:05
-
Outubro foi o mês com mais chamadas para linha SNS 24
O mês de outubro passado foi o que registou mais atendimentos pela linha SNS 24, com 173 mil chamadas, num ano em que o serviço já alcançou até agora 1.462.900 telefonemas, informou hoje o Ministério da Saúde.
-
- 19:53
-
Conhecidos primeiros resultados das análises ao corpo de Matthew Perry
Já são conhecidos os resultados das primeiras análises efetuadas ao ator de 'Friends', Matthew Perry, que morreu no sábado passado.
-
- 19:40
-
O que muda com as novas regras para ser professor?
Foi hoje aprovado o decreto-lei que altera o regime jurídico da formação de docentes com o ministro da Educação a garantir que "não está em causa a qualidade do ensino". Conheça as novas regras para ingressar na carreira.
-
- 18:29
-
Chama-se Domingos, mas chega no sábado. Norte e Centro vão ter depressão
Uma superfície frontal fria, associada à depressão Domingos, deslocando-se do Atlântico para leste, deverá afetar o continente, com chuva forte e persistente no sábado, no Norte e Centro, em especial no litoral e regiões montanhosas, informou hoje o IPMA.
-
- 17:48
-
Retirada árvore de grande porte que caiu na Praça da República no Porto
A árvore de grande porte que causou hoje danos em viaturas e numa paragem de autocarro, na Praça da República, no Porto, já foi retirada na totalidade, disse à Lusa fonte da Câmara Municipal.
-
- 16:52
-
Grupo da Universidade de Aveiro propõe uniforme que gera energia e vence Prémio de Inovação nas Forças Armadas
Uma equipa de alunos de doutoramento da Universidade de Aveiro (UA) e investigadores do Instituto de Telecomunicações (IT) propôs a criação de um uniforme militar que consegue gerar, armazenar e transferir energia, e venceram o Prémio de Inovação nas Forças Armadas.
-
- 14:52
-
Poucas empresas no mundo têm capacidade para megaprojeto de novo aeroporto
A Ordem dos Arquitetos (OA) alertou hoje para a falta de capacidade técnica e logística da maioria das empresas mundiais para um megaprojeto de novo aeroporto e lamentou ter sido pouco envolvida nos trabalhos da Comissão Técnica Independente.
-
- 13:39
-
Incêndio em empresa no concelho de Leiria em fase de resolução
O incêndio que deflagrou hoje numa empresa na Gândara dos Olivais, concelho de Leiria, e que obrigou à evacuação de um jardim de infância e algumas casas, entrou em fase de resolução, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.
-