Em declarações à Lusa, Joaquim Miranda Sarmento criticou o investimento total do Estado de “cerca de 400 milhões de euros” na empresa desde a sua nacionalização em 2020 – aludindo aos 200 milhões de euros (ME) já gastos em suprimentos, além de uma injeção de mais 160 ME e de outros 35 ME em obrigações através do Banco de Fomento -, sublinhando que “o Governo não disse toda a verdade” sobre este processo.
“O PSD vai chamar ao parlamento o ministro da Economia com a urgência possível, estando o parlamento em trabalhos orçamentais, mas com a urgência possível. E não deixaremos também de questionar o primeiro-ministro quando houver essa oportunidade”, afirmou, acrescentando: “O ministro da Economia disse que hoje era um dia feliz. Não sei para quem é que é um dia feliz, mas para os contribuintes portugueses, seguramente, não é um dia feliz”.
Para Joaquim Miranda Sarmento, a operação de venda ao fundo alemão com as condições hoje anunciadas demonstra que “a empresa tinha problemas graves” e que a justificação do Governo para a nacionalização com os problemas de ‘compliance’ e da acionista Isabel dos Santos não explicam os encargos desta dimensão para o Estado.
Em conferência de imprensa no Ministério da Economia, António Costa Silva disse que esta terça-feira foi assinada a venda da Efacec à Mutares e que este fundo injetará 15 milhões de euros em capital e 60 milhões de euros em garantias, descrevendo a conclusão da operação de venda como “um dia feliz para a economia portuguesa”.
A Efacec, que tem sede em Matosinhos, conta com cerca de 2.000 trabalhadores.
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