“Entre injeção direta, suprimentos e obrigações, sabe-se agora que o Governo de António Costa enterrou 400 milhões de euros dos contribuintes na Efacec”, refere Rui Rocha numa mensagem publicada através da sua conta no X (antigo Twitter), considerando tratar-se de “mais um enorme sorvedouro” do dinheiro dos contribuintes “apadrinhado pelos socialistas”.

Esta terça-feira, a Parpública (do Estado) vendeu a totalidade da Efacec (nacionalizada em 2020) ao fundo de investimento alemão Mutares, depois de ter obtido a aprovação da Comissão Europeia.

O Estado pôs mais 160 milhões de euros na empresa, tendo hoje o Governo explicado numa conferência de imprensa do ministro da Economia, António Costa Silva, e do secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, a propósito da privatização da Efacec, que sem ‘limpar’ a situação financeira da empresa, não a conseguiria vender.

Este valor soma-se aos 200 milhões de euros que o Estado já pôs na empresa nos últimos 20 meses (para pagar custos fixos, desde logo salários). Ainda na esfera do Estado, o Banco de Fomento tem 35 milhões de euros em obrigações (convertíveis em capital) da Efacec.

Numa reação ao desfecho da venda da Efacec, o líder da Iniciativa Liberal comparou estes valores com a verba que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) canaliza para a economia.

“Se considerarmos os 180 milhões de euros para capitalização e outros programas avulsos, podemos chegar, com boa vontade, a 300 milhões canalizados para as empresas no Orçamento do Estado para 2024. António Costa pôs mais 100 milhões numa única empresa do que prevê no Orçamento do Estado para toda a economia durante um ano”, escreveu o líder liberal, lamentando que o ministro da Economia tenha considerado que hoje “é um dia feliz”.

A Mutares prevê que a Efacec atinja o equilíbrio em cinco anos (‘breakeven’) e tem a obrigação de se manter na empresa pelo menos durante três anos (sem vender). A Efacec tem cerca de 2.000 trabalhadores.