Trump vai a tribunal por esquema de subornos. Mas há mais processos em jogo
O ex-presidente norte-americano Donald Trump enfrenta vários processos judiciais enquanto tenta regressar à Casa Branca.
No dia de hoje, tornou-se oficial o facto de ser julgado antes das eleições americanas: vai a tribunal a 25 de março.
Trump tornou-se o primeiro ex-presidente na história norte-americana a enfrentar acusações criminais quando foi indiciado em Nova Iorque, em março passado, neste caso que envolve o pagamento de subornos durante a campanha presidencial de 2016 para ocultar alegações de encontros sexuais extraconjugais com a atriz pornográfica Stormy Daniels.
Mas que mais casos existem?
Documentos confidenciais
O procurador especial Jack Smith liderou duas investigações federais relacionadas com Donald Trump, sendo que ambas resultaram em acusações contra o ex-presidente.
As primeiras acusações resultantes dessas investigações surgiram em junho do ano passado, quando Trump foi acusado de ter manuseado indevidamente documentos ultrassecretos na sua propriedade na Florida. A acusação alegava que Trump recrutou repetidamente assessores e advogados para ajudá-lo a esconder os registos e exibiu um “plano de ataque” do Pentágono e um mapa confidencial.
Uma acusação de substituição emitida em julho acrescentou novos indiciamentos, nos quais Trump foi acusado de pedir que imagens de vigilância da sua propriedade em Mar-a-Lago fossem excluídas depois de investigadores do FBI e do Departamento de Justiça cumprirem um mandado, em junho de 2022, para recolher os documentos confidenciais que o magnata levou consigo após deixar a Casa Branca.
Ao todo, Trump enfrenta 40 acusações criminais no caso sobre os documentos confidenciais. A acusação mais grave acarreta pena de até 20 anos de prisão.
Interferência eleitoral
O segundo caso de Jack Smith contra Trump foi revelado em agosto de 2023, quando o ex-presidente passou a enfrentar acusações criminais por tentar anular a sua derrota nas eleições de 2020, no período que antecedeu o violento ataque ao Capitólio norte-americano, em 6 de janeiro de 2021.
O caso engloba quatro acusações, entre elas a de conspiração para defraudar o Governo dos Estados Unidos e conspiração para obstruir um processo oficial, nomeadamente a certificação da vitória de Joe Biden.
O caso descreve como Trump disse repetidamente aos seus apoiantes, a aliados e a outras pessoas envolvidas no processo eleitoral que tinha vencido as eleições, apesar de saber que isso era falso, e como tentou persuadir as autoridades estatais, o vice-presidente Mike Pence e, por fim, o Congresso a anular os resultados legítimos.
Depois de uma campanha de mentiras sobre os resultados eleitorais que se prolongou durante semanas, os procuradores alegam que Trump procurou explorar a violência no Capitólio, apontando-a como uma razão para atrasar ainda mais a contagem dos votos que selou a sua derrota.
Conspiração para reverter os resultados das eleições na Geórgia
Trump é acusado juntamente com outras 18 pessoas – incluindo o ex-autarca de Nova Iorque Rudy Giuliani e o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows – de violar a lei estadual ao planear anular ilegalmente a sua derrota nas eleições de 2020.
A acusação, apresentada em agosto do ano passado, acusa Trump e os seus aliados de sugerirem que o secretário de Estado Republicano da Geórgia poderia encontrar votos suficientes para o magnata vencer naquele estado decisivo; de assédio a um trabalhador eleitoral; e de tentativa de persuadir os legisladores da Geórgia a ignorar a vontade dos eleitores e a nomear uma nova lista de eleitores favorável a Trump.
Escritora E. Jean Carroll
A escritora E. Jean Carroll abriu um processo por difamação contra Trump em 2019 por comentários que teceu sobre ela enquanto era presidente.
A colunista alega que Trump arruinou a sua reputação depois de o ter acusado publicamente, num livro de memórias, de abuso sexual no camarim de uma loja de departamentos de luxo em Nova Iorque.
Em janeiro, um júri determinou que o ex-presidente norte-americano Donald Trump deverá pagar 83,3 milhões de dólares (76,7 milhões de euros) à escritora.
*Com Lusa
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