Os sindicatos responsáveis pela convocação da greve dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa, entre o dia de Natal e a véspera de Ano Novo, vão apresentar hoje uma providência cautelar para pedir a anulação dos serviços mínimos decretados.
A greve dos trabalhadores da higiene urbana na cidade de Lisboa vai realizar-se com serviços mínimos, com a realização de 71 circuitos de recolha de lixo nos dias 26, 27 e 28 de dezembro, disse à Lusa um dos sindicatos.
Os vereadores de PS, PCP, Livre e BE na Câmara de Lisboa responsabilizaram hoje a liderança PSD/CDS-PP pela “má gestão” da higiene urbana, criticando a incapacidade de negociar com os trabalhadores para que a greve prevista seja desconvocada.
A proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2025 prevê um reforço do investimento na higiene urbana, com 38 milhões de euros, “mais 65%” do que o previsto para este ano, revelou hoje à Lusa a liderança camarária PSD/CDS-PP.
Nuno Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), explicou que os funcionários da higiene urbana decidiram avançar para esta semana “de luta” devido à ausência de respostas da Câmara Municipal, presidida por Carlos Moedas (PSD), ao caderno reivindicativo que apresentaram.
A Câmara de Lisboa aprovou hoje a celebração de contratos interadministrativos ao nível da higiene urbana com as 24 freguesias da cidade, consoante dados de pressão turística, atribuindo um apoio total de 7,858 milhões de euros para este ano.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer alterar o regulamento da higiene urbana “para aumentar a responsabilização” dos cidadãos nesta matéria, anunciou o vice-presidente da autarquia na noite de quarta-feira.
A Câmara do Porto aprovou hoje, com oposição do PS, revogar a decisão de concessionar a limpeza em metade da cidade, tendo o PSD contestado que a justificação para tal seja a criação de uma empresa municipal do Ambiente.