Os trabalhadores da higiene urbana do município de Lisboa vão levar a cabo entre segunda e sexta-feira da próxima semana paralisações de duas horas, em todos os horários de trabalho, para reivindicar melhores condições laborais, anunciou hoje fonte sindical.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), explicou que os funcionários da higiene urbana decidiram avançar para esta semana “de luta” devido à ausência de respostas da Câmara Municipal, presidida por Carlos Moedas (PSD), ao caderno reivindicativo que apresentaram.

Em causa estão, segundo explicou o sindicalista, a falta de manutenção de algumas instalações afetas aos trabalhadores da higiene urbana, o gozo de folgas e o fim de situações de “assédio laboral”.

“Os trabalhadores têm pequenos problemas que levam muito tempo a resolver. Só para lhe dar um exemplo, neste momento temos uma caldeira para aquecer água para o banho dos trabalhadores avariada há mais de um mês. Não se sabe quando é que estará reparada. A Câmara leva muito tempo a reparar”, queixou-se.

Além destas questões, Nuno Almeida aponta para questões ligadas à folga dos trabalhadores e para a necessidade de serem recrutados mais funcionários para os serviços de higiene urbana.

O sindicalista referiu que, neste momento, está a decorrer um concurso para a contratação de 100 trabalhadores, mas estima que seriam necessários, pelo menos, mais 500 para “responder às necessidades”.

“A necessidade da cidade e a pressão hoteleira, da restauração, do turismo, neste momento está muito subdimensionada àquilo que seria necessário para uma cidade com esta vida”, apontou.

Assim, entre a próxima segunda e sexta-feira, os cerca de 900 trabalhadores da limpeza e higiene urbana “farão paralisações de duas horas em todos os horários de trabalho e em todas as instalações deste setor de atividade.

De acordo com a planificação das ações de protesto, no primeiro dia serão os trabalhadores do Centro Operacional de Remoção (COR) e da Unidade de Higiene Urbana (UHU) de Telheiras que estarão concentrados à porta das respetivas instalações entre as 06:00 e as 08:00, as 13:00 e as 15:00 e as 23:00 e a 01:00.

No dia seguinte, será a vez dos trabalhadores da UHU da Filipe da Mata e da UHU dos Olivais paralisarem nos mesmos horários de trabalho.

Na quinta-feira paralisam os trabalhadores do Núcleo Operacional de Remoção (NOR) e da UHU da Boavista, em moldes idênticos.

Já na sexta-feira, último dia de protesto, irão paralisar os trabalhadores da UHU do Restelo e do PL do Valsassina, estes últimos das 07:00 às 10:00 e das 13:00 às 15:00.

A Lusa pediu uma reação à Câmara Municipal de Lisboa, mas esta escusou-se a fazer qualquer comentário a estas paralisações.

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