O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, espera novos cortes nas taxas de juro ainda este ano, mas ressalvou que os dados têm de ser acompanhados "reunião a reunião".
A prestação da casa paga ao banco vai, em junho, recuar em todos os prazos, com a maior descida a ocorrer nos indexados à Euribor a seis meses, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
O governador do Banco de Portugal disse hoje que a taxa de inflação acelerou "um bocadinho acima" do esperado, mas acredita que a mesma vai "convergir" para que surja um ciclo que permita a descida das taxas de juro.
Os juros representaram, em abril, 61% da prestação média do crédito à habitação, face a 48% em abril de 2023, apesar de a taxa de juro implícita ter descido pelo terceiro mês consecutivo, para 4,606%, divulgou hoje o INE.
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, depois de o Banco Central Europeu ter mantido as taxas de juro pela quinta vez consecutiva no nível mais alto desde 2001.
O comissário europeu da Economia disse hoje ver como “boas notícias” as melhorias nas previsões da inflação, que abranda mais rapidamente do que esperado, destacando “a redução no horizonte” das taxas de juro, esperada pelo mercado no verão.
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, defendeu hoje a Europa como o "pilar de maior estabilidade no mundo" e a necessidade de as taxas de juro descerem de forma controlada.
A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares subiu para 2,98% em novembro, o valor mais alto desde julho de 2012, segundo o Banco de Portugal.
O pagamento de juros representou, em novembro, 61% da prestação média do crédito à habitação, quando há um ano essa proporção era de 29%, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O montante total de empréstimos a particulares registou no final de setembro o primeiro decréscimo (-0,3%) em termos anuais desde fevereiro de 2018, com os empréstimos à habitação a manterem a desaceleração, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Presidente da República considerou hoje que a decisão do BCE de subir novamente as taxas de juro "é uma dor de cabeça para todos os governos" e que no plano político favorece os radicalismos e populismos.
A presidente do BCE defendeu hoje que, perante os atuais dados, as taxas de juro atingiram níveis que, se forem mantidos durante um período suficientemente longo, vão reduzir a inflação, mas considerou demasiado cedo afirmar que atingiram o pico.
Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a descer a dois, a cinco e a 10 anos em relação a quarta-feira, acima de 3% nos três prazos e alinhados com os de Espanha, Irlanda e Itália.
O Governo vai alargar o regime de apoio à bonificação do crédito habitação a mais famílias e quer que a banca ofereça taxa fixa a quem já tem créditos, anunciou o ministro das Finanças.
A taxa de juro paga nos depósitos tem vindo a subir lentamente e, apesar de os bancos publicitarem produtos com melhores remunerações, a banca portuguesa é a quarta pior a remunerar a poupança na zona euro.
A taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares subiu em maio para 1,26%, sendo este o valor mais alto em oito anos, apesar de Portugal ter o quarto valor mais baixo na área do euro, divulgou hoje o BdP.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, adiantou hoje ter transmitido à presidente do Banco Central Europeu (BCE) as apreensões sobre o impacto da subida das taxas de juro dado a estrutura de crédito existente em Portugal.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse hoje que a natureza da inflação na zona euro está a mudar e é improvável que, no futuro próximo, o banco central possa declarar que as taxas diretoras máximas foram atingidas.