“Espero mais alguns cortes este ano, mas temos de acompanhar reunião a reunião”, defendeu Centeno, em declarações à Bloomberg, à margem do Fórum do Banco Central Europeu, que decorre em Sintra, Lisboa, até quarta-feira.
Ainda assim, não acredita que tal venha a acontecer ainda na reunião de julho.
O governador do BdP disse ser necessário analisar os números que ainda vão surgir, lembrando que viemos de uma “situação muito difícil”.
O antigo ministro das Finanças defendeu ainda que há razão para estar “moderadamente orgulhosos” com a trajetória da inflação, uma vez que se aproxima da meta dos 2% a médio prazo.
Para o Banco Central Europeu (BCE) os 2% constituem uma base que lhe permite ter flexibilidade para reduzir as taxas de juro em situações mais adversas.
Centeno referiu que o sucesso desta trajetória deve-se à política monetária, mas também aos trabalhadores e empresas.
“O mercado de trabalho é muito importante para a economia europeia nestes dias. É o pilar da estabilidade”, sublinhou.
Na última reunião, em junho, o BCE avançou com um corte das taxas diretoras em 25 pontos-base. A próxima reunião está marcada para dia 18 de julho.
O Fórum BCE realiza-se em Sintra e decorre até 3 de julho, juntando algumas das principais figuras dos bancos centrais para discutir a evolução da política monetária.
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