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“Em geral, desde o arranque do evento, da montagem de toda a estrutura para a Web Summit até agora (segundo dia), foram barradas quase 7 milhões tentativas de ataque”, informou Bruno Motta, responsável de Cyber Warfare Operations do MEO.
Os números, validados até às 12h30 desta terça-feira, foram revelados durante uma visita ao Centro de Operações do MEO, quartel-general localizado no “coração” do maior evento de tecnologia e inovação da Europa, uma ocasião que serviu igualmente para anunciar a primeira ligação em ambiente real de 50G-PON em Portugal.
A adoção de Inteligência Artificial (IA) “desenvolvida dentro da Altice e do MEO é a novidade em relação aos anos anteriores”, confessou Bruno Motta ao 24notícias.
“A Informação de segurança não deve sair dentro da nossa organização e da operação de segurança e, por isso, tomámos o caminho de desenvolver a nossa própria IA”, adiantou.
“O algoritmo apanha tudo e conseguimos correlacionar, do que se passa no evento à monitorização do site. Os eventos acima de 8 de risco merecem a atenção e a IA atua um minuto, sem intervenção humana”, acrescentou ainda Bruno Motta.
Tudo é analisado à lupa digital. “Redes sociais, Internet, Telegram, fazemos buscas em todo o lado em russo, chinês, inglês, português e português do Brasil, em todas as línguas, nos principais canais onde estão grupos atacantes”, avançou. “Essa é a vantagem da IA, não só na parte tecnológica, mas também dos soft skills”, identificou.
O Centro de Operações dedica especial atenção a estes piratas informáticos que atuam a nível global. “São monitorizados os principais grupos atacantes no mundo, alguns patrocinados por governos e a sua origem”, avisou.
“Está tudo mapeado pelo Cyber threat intelligence”, aos ataques vindos da Ásia, Leste da Europa ou continente americano. “Usamos a inteligência para contra-atacar e ser preventivo”, finalizou Bruno Motta, Cyber Warfare Operations do MEO.
Velocidade multiplicada em quase cinco vezes. MEO e Altice testam ligação 50G-PON
A visita ao Centro de Operações do MEO serviu ainda de pretexto para o anúncio da empresa de telecomunicações que coloca Portugal no pelotão da frente dos primeiros países a testar uma solução de nova geração que multiplica por quase cinco vezes a capacidade atual da XGS-PON de 10 Gbps.
Trata-se do 50G-PON para a vigente rede 5G, “uma evolução natural das redes de telecomunicação de fibra ótica de acesso”, esclareceu ao 24notícias, Cláudio Rodrigues, Head of Optical Devices and Components da Altice Labs.
“Um aumento de quase 5 vezes a velocidade da rede ótica de acesso, de 9,95 Gbti/s para 49,76 Gbti/s”, frisou, um aumento que permitirá, a título de exemplo, “fazer um download de um jogo de 100 Gbps em 20 segundos”, especificou.
A nova solução desenvolvida pela MEO e pela Altice Labs “permite suportar as tecnologias de futuro, indústria 5.0, cidades inteligentes, comunicações holográficas, tudo o que tem de maior necessidade de maior largura de banda e menor latência (atraso no sinal) e permite novos tipos de serviços, realidade aumentada e virtual e comunicações holográficas devido à largura de banda”, enumerou o responsável da Altice Labs.
“Evoluímos de 2.5 Gigas, 10 e agora 50, que coexistem sobre a mesma infraestrutura de rede e não é necessário mexer na rede física”, avançou. Coexistência só possível devido a “um chip desenvolvido em Aveiro que permite no mesmo circuito e dispositivo ter as três tecnologias juntas”, revelou Cláudio Rodrigues.
“Não é uma demo, é mesmo real”, assegurou, por fim, José Pedro Nascimento, CTO do MEO. “É uma ultrarrápida largura de banda, mais direcionada para mercado empresarial”, apontou, salvaguardando, no entanto, “que hoje as aplicações requerem cada vez mais banda e com o cada vez maior consumo de tráfego poderemos vê-la, em breve, no residencial”, perspetivou.
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