O "Flow.me" - nome do projeto - vai ser testado inicialmente em "processos logísticos em zonas industriais, para no futuro poder estar associado ao transporte de pessoas, serviços de 'sharing' e 'on-demand' nas cidades", indica o CEiiA em comunicado.
"Sempre que pensamos num carro, imaginamos um veículo único, que incorpora um habitáculo, onde estão os passageiros, e um conjunto de sistemas - motor, eixos, rodas - que permitem ao veículo deslocar-se pela estrada. O que fizemos foi desconstruir este conceito, distinguindo e separando o habitáculo do sistema de locomoção", explica Helena Silva, diretora-executiva do CEiiA, citada no documento.
Esse habitáculo terá cerca de três metros, capacidade de carga até 500 quilos e é configurável no número de passageiros, que pode ir dos dois até aos quatro, usando um sistema aéreo de aproximadamente seis metros e com autonomia para três a seis horas, sendo o carro elétrico, com autonomia para 200 quilómetros.
"Com o Flow.me podemos ter um sistema de locomoção rodoviário - com rodas - e um sistema aéreo - um drone - que são acoplados a um mesmo habitáculo em diferentes momentos", indica a responsável do centro de excelência com sede em Matosinhos, distrito do Porto.
Segundo o CEiiA, o "drone é acoplado ao veículo, permitindo a sua descolagem e voo em áreas reservadas para o efeito", estando o veículo conectado "em tempo real com uma plataforma de gestão de mobilidade concebida pelo CEiiA, para que possa vir a ser integrado de forma eficaz com outras formas de transporte de uma cidade".
"Hoje é possível combinar todas estas competências adquiridas no automóvel, na aeronáutica e nos sistemas inteligentes e abraçar o desafio de criar um novo produto de mobilidade. Com o Flow.me estamos a dar uma nova dimensão à mobilidade através da integração do transporte horizontal com o vertical", explica Helena Silva.
O projeto contou com um investimento global estimado em 18 milhões de euros, estando a ser desenvolvido por um consórcio entre o CEiiA, entidades brasileiras e empresas portuguesas dos sectores.
Está prevista uma fase de testes com um protótipo inicial para a primeira metade de 2019.
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