Naquele que é o maior programa de empreendedorismo académico de Portugal, estudantes de informática, bioquímica, genética e segurança alimentar juntaram-se para criar startups nas áreas da saúde, ambiente ou alimentação.
Depois de todas as apresentações, a FCT NOVA - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, já escolheu os três vencedores do Programa de Empreendedorismo, que permitiu a mais de mil alunos acelerar e materializar uma ideia numa solução de mercado, pode ler-se em comunicado.
Da ideia ao modelo de negócio, análise de mercado e estudo financeiro, os participantes do programa desenvolveram projetos ao longo de um mês de trabalho. Foram constituídas 203 equipas, mas apenas 12 subiram ao palco para apresentar o pitch final. Segundo os dados apresentados, participaram mais de mil alunos, acompanhados por 17 professores.
António Grilo, professor da cadeira de Empreendedorismo e um dos responsáveis pelo programa, referiu que "o objetivo não é que os alunos criem startups mas, sim, que peguem numa ideia e que sejam capazes de a apresentar nas diferentes dimensões – e que convençam alguém que essa ideia tem mérito". Além disso, é necessário "reforçar as competências tanto sociais como técnicas de um empreendedor tecnológico".
Nesta edição, a ideia vencedora foi a DeepPsy, uma tecnologia que se assemelha a um tablet e que, com a ajuda da câmara e de sensores, ajuda ao diagnóstico de doenças como a depressão, a doença bipolar ou a fadiga crónica.
Em segundo lugar ficou a equipa que criou as 3B GLOVES, luvas criadas a partir do desperdício alimentar que são biodegradáveis, biocompatíveis e com propriedades anti-bacterianas – uma alternativa à versão descartável dos hospitais.
Por fim, o terceiro lugar coube à MEDMO, que apresentou um software que permite, em contexto hospitalar, fazer uma monitorização objetiva da reabilitação física dos pacientes.
Os vencedores têm propinas pagas para um ano de estudos e lugares garantidos na European Innovation Academy, um programa de empreendedorismo reconhecido internacionalmente e que este ano acontece no mês de julho, em Cascais.
Foram também apresentados outros projetos com impacto nas áreas da saúde, ambiente e alimentação: de uma tecnologia que permite saber exatamente quando virá a menstruação, passando por um sistema que permite retirar a cortiça do sobreiro mecanicamente, e cápsulas solúveis de bebidas vegetais para levar no bolso.
O júri foi constituído por João Borga (Startup Portugal), José Sousa (Armilar Venture), Roberta Medina (Rock in Rio) e Ricardo Lima (Web Summit Portugal). Durante a sessão final estiveram ainda presentes representantes de empresas que se associaram ao evento, como a Jerónimo Martins e a Introsys. No total, mais de 70 empresas e entidades acompanharam e apoiaram o Programa de Empreendedorismo.
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