"Três, dois, um, lançar!" E o veículo da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), que foi chamado de Exploração Interior usando Investigações Sísmicas, Geodésica e Transporte de Calor (InSight), subiu rapidamente pelo céu enevoado da base de Vandenberg, da Força Aérea dos Estados Unidos da América, propulsada pelo um foguete Atlas V, às 11:05 GMT (12:05 em Lisboa).

A sonda InSight foi lançada hoje na Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, e percorrerá cerca de 385 milhões de quilómetros em pouco mais de seis meses até chegar a Marte.

Originalmente, o lançamento estava programado para 2016, mas a descoberta de problemas num dos instrumentos da sonda meses antes da data forçou o adiamento. As janelas de lançamento favoráveis para Marte ocorrem apenas a cada dois anos.

Se tudo correr de acordo com o planeado, a sonda deve chegar ao destino a 26 de novembro, tornando-se o primeiro aparelho da NASA a pousar em Marte desde a nave exploratória Curiosity, em 2012.

Terra e Marte formaram-se provavelmente de forma similar e a agência espacial norte-americana espera que a missão ajude a compreender porque ambos os planetas são tão diferentes.

"Como fomos de uma bola de rochas com poucos relevos a um planeta que pode ou não sustentar a vida. Esta é uma questão crucial na ciência planetária", diz Bruce Banerdt, investigador principal do InSight no Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena, Califórnia. "Gostaríamos de poder entender o que aconteceu", acrescentou, citado pela AFP.

A sonda InSight irá recolher dados através de três instrumentos: um sismógrafo, um dispositivo para localizar com precisão a sonda enquanto Marte oscila sobre o seu eixo de rotação e um sensor de fluxo de calor inserido a cinco metros no subsolo marciano.

Os Estados Unidos investiram 813,8 milhões de dólares (680 milhões de euros) no lançamento do foguete com a sonda, enquanto França e Alemanha forneceram 180 milhões de dólares (150 milhões de euros) para os instrumentos que serão usados para os estudos em Marte, segundo a NASA.

Além disso, a agência americana gastou 18,5 milhões de dólares (15,45 milhões de euros) num par de mini naves espaciais que acompanham o foguete.

Os cientistas esperam registar até uma centena de terramotos no decorrer da missão. A maioria deveria ser inferior a seis na escala de Richter.

Estudar a forma como as ondas sísmicas se deslocam através da crosta, o manto e o núcleo do planeta vermelho pode ajudar a explicar como estão constituídas as diferentes camadas e que espessura têm.

(Notícia atualizada às 13h33)

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