Há dois anos, depois de um episódio que terminou com um colchão a ser devolvido e transportado no tejadilho de um carro, Bruno e João decidiram que estava na altura de criar um conceito inovador na venda de colchões: era preciso experimentar sem compromisso o produto que se comprava, para mais tarde a história não acabar com dores nas costas apesar do colchão novo.

Foi assim que surgiu a Koala Rest, que permite que o comprador experimente, no período de 100 dias, o colchão que pensou comprar. A ideia é, assim, que ninguém fique desiludido com a compra.

Agora a empresa tem um novo objetivo na missão de oferecer soluções que ajudem a dormim melhor. Depois dos colchões, a Koala Rest vai lançar um novo produto: uma almofada. Parece simples - e lógico - mas talvez não seja assim tanto.

“Estamos a lançar o nosso segundo produto, a almofada, e queremos fazer o que fizemos com o colchão Koala. Também então colocámos o colchão com pessoas reais, com consumidores reais, para testar em complemento ao que fizemos a nível industrial, de design de produto e de laboratório. Resultou bastante bem. Temos uma classificação de 4.9 estrelas no mercado, de 0 a 5. No fundo, queremos replicar isso”, começa por explicar João Ramos, um dos cofundadores da empresa.

Neste momento, a almofada já está na fase final. Mas ainda falta uma coisa: experimentá-la. “Temos alguns protótipos e o que queremos fazer é complementar a parte industrial com pessoas reais, neste caso com uma pessoa que durante um mês vai utilizar, durante duas ou três noites de cada vez, protótipos diferentes e vai depois trabalhar com a nossa equipa para dar feedback. O objetivo é tentar identificar quais foram os bons aspetos e os maus de cada modelo, para ajustarmos e enviarmos novos protótipos e com isso fazer a afinação final antes de lançarmos a almofada Koala no mercado”, refere.

Esta é uma oferta de emprego sui generis porque permite que a pessoa fique em casa: só tem de dormir e depois contar a experiência à equipa da Koala Rest. “No fundo o que vamos fazer é enviar as almofadas para casa da pessoa. Pode estar em qualquer local do país, não tem de estar junto do nosso escritório ou o que seja. Depois, em vários dias, vai ter uma sessão com a nossa equipa industrial e de design de produto sobre cada modelo. Com base nisso, se necessário, ajustamos o próprio protótipo ou enviamos um completamente diferente”, especifica João.

E não se pense que é o gosto de cada pessoa que define tudo, porque essa não é a verdade. “Isto é, no fundo, um complemento ao trabalho que temos vindo a fazer ao longo dos últimos seis meses, mais técnico, e também com outros voluntários mas não desta forma”.

Quem pode candidatar-se a esta oferta de emprego? “Temos alguns critérios iniciais muito básicos. Tem de ser maior de 18 anos e tem de ter disponibilidade, isso é o mínimo dos mínimos. Depois desta primeira fase vamos fazer um questionário mais aprofundado a quem quiser participar: como é que dorme, em que posição, quantas horas dorme por noite, se tem algum tipo de problema a nível de pescoço ou costas, problemas de sono. A partir daí faz-se uma parte da entrevista mais pessoal para ver também a capacidade de comunicação. Não queremos alguém que durma, queremos alguém que durma e consiga depois dar um feedback apropriado e tenha alguma capacidade de expressão para conseguir comunicar com a nossa equipa e ajudar um bocadinho o processo. Obviamente que é a dormir que uma pessoa testa a almofada mas depois tem de conseguir transmitir isso bem”, remata.

Tendo aberto as candidaturas a semana passada, a 2 de abril a Koala Rest recebeu já cinco mil candidaturas. E, se achar que consegue dormir sobre este assunto, pode enviar também os seus dados até dia 15.

Para saber mais sobre a Koala Rest, veja a história da empresa aqui.