Treze milhões de toneladas de roupa acabam em aterros todos os anos, onde emanam um gás incolor prejudicial ao ambiente. Este fenómeno é preocupante, mas existem soluções, e para fazer parte desta nem precisa de sair do conforto dos seus lençóis.

Nunca se deitou tanta roupa para o lixo como agora, cerca de treze milhões de toneladas de roupa acabam em aterros todos os anos. A título de exemplo, nas últimas duas décadas os americanos aumentaram de 7 para 13 milhões as toneladas de resíduos têxteis. Este é um fenómeno cujo crescimento não vai abrandar, uma vez que a indústria da moda renova as tendências de vestuário a um ritmo leonino.

As fibras naturais - como o algodão, linho e seda - e as fibras semi-sintéticas são criadas a partir de celulose à base de plantas. Assim, quando estas fibras - presentes nas peças de roupa que usamos normalmente - estão em aterros, acabam por degradar-se tal qual os desperdícios alimentares, produzindo os mesmos gases de efeito de estufa.

Para além de a roupa não brotar do subsolo como acontece com alguns frutos, também é difícil ser submetida a um processo de reciclagem. Por exemplo, o linho é o material utilizado na chamada “roupa de casa” (lençóis, toalhas), que é particularmente difícil de ser reciclada por questões de higiene. Assim, as pessoas tendem a deitar as toalhas para o lixo, quando elas já estão velhas ou demasiado usadas.

Ainda que a “roupa de casa” não esteja sob a pressão da última tendência da moda como a roupa que vestimos para ir à rua, este processo não ajuda a reduzir o número de toneladas de resíduos têxteis que é deitado para o lixo. E, na verdade, esta questão é muito maior do que parece. A EPA estima que reciclar as 13 toneladas de roupa equivale a tirar 7,3 milhões de carros e, consequentemente, de emissões de dióxido de carbono da estrada.

Perante este problema, surgem algumas soluções. A Coyuchi, empresa norte-americana de linho sustentável, pensou numa e lançou assim um serviço de reciclagem de roupa. Os subscritores do programa “Coyuchi For Life” recebem, em casa, lençóis novos e podem enviar os seus usados para um processo de reciclagem. A regularidade do serviço depende do “pacote” que selecionam: um subscritor pode pagar por um serviço de mudança de roupa de casa de 2 em 2 anos por 4-5 euros ou de 6 meses em 6 meses por 14-17 euros.

Este serviço permite que as pessoas possam economizar 15% das despesas. Em vez de comprarem um serviço de atoalhados totalmente novo - que ronda, por norma, os 120 dólares - podem utilizar toalhas responsavelmente recicladas por um preço muito inferior. Além disso, a roupa é personalizada - as pessoas escolhem a cor, o tamanho e o estilo -, é entregue em casa e ajuda o ambiente.

Todos os lençóis de Coyuchi são feitos para serem totalmente sustentáveis e aderem às diretrizes do ‘Fair Trade’ dos Estados Unidos.


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