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A Administração Pública enfrenta esta sexta-feira uma greve nacional convocada pela FESINAP, que deverá provocar perturbações generalizadas nos serviços essenciais, sobretudo nos setores da saúde, educação e justiça, os mais afetados segundo o sindicato. A paralisação decorre entre as 00h00 e as 24h00 e conta com serviços mínimos assegurados.
A Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública exige a retirada imediata da proposta de reforma laboral e uma reunião urgente com o Governo, acusando o Executivo de discriminação por não incluir o sindicato nas negociações. A FESINAP considera que o pacote laboral representa “um retrocesso de mais de 20 anos” e um ataque não só aos trabalhadores atuais, mas sobretudo “às próximas gerações”.
O sindicato admite que esta greve funciona como antecâmara da greve geral marcada para 11 de dezembro, seguindo-se ainda um pré-aviso de nova paralisação para dia 12.
Justiça sem serviços mínimos definidos
Todos os oficiais de justiça estão abrangidos pela paralisação e, até à véspera, não tinham sido definidos serviços mínimos pela tutela. A greve surge em resposta à ausência de soluções no OE 2026 e às alterações previstas na reforma laboral, incluindo reivindicações como o aumento do subsídio de refeição de 6 para 9 euros.
Saúde com funcionamento parcial
Hospitais, centros de saúde e unidades locais de saúde deverão operar com equipas reduzidas, prevendo-se atrasos no atendimento. Estão garantidos apenas os cuidados essenciais, como quimioterapia e hemodiálise, funcionando com o número de trabalhadores equivalente ao de um domingo, sobretudo nos turnos da tarde.
Escolas a meio gás
O setor da educação poderá enfrentar encerramentos ou funcionamento limitado. Um agrupamento de escolas de Lisboa alertou que a abertura dependerá das condições de segurança, podendo ser necessário pedir aos pais que recolham os alunos ao final da manhã, avança a Executive Digest. O serviço de almoço mantém-se garantido.
Serviços administrativos e recolha de lixo condicionados
Atendimentos municipais, finanças e outros serviços públicos poderão funcionar “a meio-gás”. Em Lisboa, a recolha de resíduos está significativamente afetada desde a noite de dia 20 e durante todo o dia 21, levando a Câmara Municipal a pedir à população que evite colocar lixo na rua até à normalização.
Sindicatos antecipam forte adesão
O secretário-geral da FESINAP, Mário Rui, prevê um forte impacto sobretudo na educação e na saúde. O dirigente acusa o Governo de dialogar apenas com UGT e CGTP e alerta que, se nada mudar, os trabalhadores “vão sair às ruas para reivindicar os seus direitos”, avisando para a possibilidade de os portugueses ficarem “ainda mais empobrecidos” face aos restantes trabalhadores europeus.
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