A inflação sobe e os protestos multiplicam-se pelo mundo. No Reino Unido, dos trabalhadores dos transportes ferroviários aos correios, dos professores aos aeroportos, o descontentamento faz-se sentir através de várias greves.
Na Alemanha, cerca de 8000 trabalhadores portuários entraram em greve na semana passada, com impacto em seis grandes portos - Hamburgo, Bremen, Emden, Bremerhaven, Brake and Wihelmshaven - e provocando o atraso na distribuição de mercadorias.
Em França, os trabalhadores ameaçaram fechar a refinaria da Exxon e provocaram paragens nos principais aeroportos de Paris.
Mas não é na Europa. Na Coreia do Sul, em junho, os camionistas fizeram uma greve de 8 dias, afetando vários setores, nomeadamente os do aço e dos chips de computadores. Na Hyundai, votou-se uma possível greve.
Nos Estados Unidos, o descontentamento dos trabalhadores tem levado a movimentos de sindicalização a que não se assistia há mais de 10 anos. Um deles está a acontecer na emblemática loja da Apple em Nova Iorque que, a confirmar-se, será a primeira loja da marca com trabalhadores sindicalizados.
Entre as reivindicações estão mais dias de férias (nos Estados Unidos, a média são 10 dias), mais alternativas nos planos de reforma e de saúde e um pagamento mínimo de 30 dólares/hora (mais 10 dólares que o valor atual). Em Portugal, o valor hora para quem ganha o salário mínimo fica-se pelos 4,3 euros.
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