A criação deste "novo sistema de emergência" tem o objetivo de "conduzir as pessoas que vivem na rua até aos abrigos mais próximos", como se pode ler num comunicado a que o SAPO24 teve acesso.
Um automatismo sensível à temperatura faz com que, abaixo dos 7ºC negativos (considerada a temperatura limite crítica em Estocolmo), 53 ecrãs publicitários das principais ruas da capital sueca passem a disponibilizar a localização dos abrigos mais próximos.
A iniciativa cruza dados como as horas, o clima e a localização para ativar a mudança de informação.
Os ecrãs são interativos e as pessoas sem-abrigo podem selecionar no mapa o abrigo mais próximo, recebendo indicações sobre a sua localização e os horários de funcionamento.
A iniciativa faz parte do Out of Home Project ("Projeto Fora de Casa", numa tradução livre) e resulta de uma colaboração entre a Clear Channel, empresa responsável por cartazes publicitários em Estocolmo, e a Câmara Municipal da cidade sueca.
Embora as igrejas e instituições sem fins lucrativos se mobilizem, em Estocolmo, especialmente nesta altura do ano, para disponibilizar apoio às pessoas sem-abrigo, "a informação sobre a abertura de abrigos muitas vezes não chega a tempo" aos destinatários, explica a empresa.
O Out of Home Project procura dar resposta, através de novas soluções tecnológicas, a este "problema de comunicação" e fazer chegar a mensagem de forma mais eficiente "a mais de um milhão de pessoas por dia, em Estocolmo", acrescentam os responsáveis.
A plataforma desenhada para o projeto, que conta com informação partilhada pelas várias entidades envolvidas nas questões dos sem-abrigo, acaba por permitir a criação de um "mapa completo da rede de abrigos existentes na cidade".
Esta experiência-piloto, lançada em novembro de 2018, poderá ser alargada a outras cidades, consoante o impacto que venha a ter na Suécia. "Dependendo do sucesso do projeto, poderemos ver a tecnologia por trás da plataforma ser usada noutras cidades da Europa", adianta a empresa responsável pela iniciativa.
O projeto é reflexo do investimento no desenvolvimento de "smart cities" (cidades inteligentes), em que a tecnologia permite expandir os usos dados às infraestruturas urbanas.
Comentários