Com a reabertura da economia, e dos espaços de atendimento ao público, os desafios são maiores. Assim as exigências de maior segurança e higiene nos espaços.
Desenvolvida pela Out of Limits — no seguimento da solução de processamento de dados, Go Rate — a plataforma online Go Fight Covid-19 tem como objetivo “contribuir para a erradicação do vírus e para a proteção e segurança de todos nós”, disse ao The Next Big Idea o seu cofundador, Ismael Pacheco.
Essa erradicação só será possível com a implementação e manutenção das regras sanitárias e de segurança decretadas quer pela Direção Geral de Saúde (DGS), quer pelas "próprias empresas”, nos mais diferentes estabelecimentos da atividade económica. O objetivo é claro: aumentar a confiança dos portugueses em espaços públicos. Como? Recolhendo o feedback dos clientes e dos colaboradores.
No primeiro caso, o cliente pode reportar, através de um QR Code no telemóvel ou de um Quiosque com tablet no local, questões relacionadas com os processos sanitários e de segurança, como é exemplo a avaliação da disponibilidade de solução desinfetante, a não desinfeção dos terminais de multibanco, o cumprimento do distanciamento social e existência de proteção individual adequada. Esta avaliação é “anónima” e não são recolhidos dados pessoais do cliente.
Neste seguimento, as empresas têm acesso, em tempo real, a uma página para analisar os dados recolhidos e perceber qual a classificação geral do estabelecimento, os principais problemas que os clientes reportaram, consultar alertas e perceber os procedimentos de controlo que são seguidos.
As empresas também podem, através da mesma plataforma, receber o feedback dos seus colaboradores. Neste caso, as áreas que se querem avaliar são definidas pela empresa — com base nas suas regras de higiene e segurança, assim como nas da DGS — e têm como objetivo “aferir o nível de saúde dos próprios colaboradores, em cada momento". Assim, “ao mínimo sinal de alarme”, a empresa pode “agir proativamente e tentar minimizar o risco". "Obviamente que estamos todos sujeitos a ser contaminados, mas uma organização não pode correr o risco de o negócio parar por completo", afirma Ismael Pacheco.
E que perguntas podem ser colocadas aos colaboradores? “O vírus é novidade para todos nós, portanto, aquilo que é importante perguntar hoje pode ser diferente amanhã”. Assim, “se hoje queremos perguntar se [o colaborador] teve febre nos últimos dias, amanhã pode ser mais importante perguntar se teve dores de cabeça ou outra patologia que seja definida pelo gabinete de Saúde da empresa”, explica o cofounder da Out of Limits.
No fundo, o que esta plataforma pretende é uma ação imediata à reação transmitida pelo cliente ou pelo colaborador. “Isto não é apenas uma app de feedback (…) o propósito é agir de imediato, é fazer com que o problema que foi identificado seja estancado ali naquele momento — e com isso minimizar o estrago que poderá acontecer se não o fizermos”. E essa minimização do “estrago” obtém-se com uma sinergia entre colaboradores e clientes da empresa.
A plataforma online já está no mercado e segundo, Ismael Pacheco, o feedback tem sido “positivo”. A esperança é a de que daqui a “um mês, mês e meio”, a Fight Covid-19 esteja implementada “de norte a sul do país, de forma a conseguir estabelecer este conceito de comunidade", onde se espera que com “um pequeno gesto”, se contribua para a "erradicação do vírus", conclui Isamael Pacheco.
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