Na exposição que conta com curadoria de Rodrigo da Costa Lima e Amélia Brandão Costa participam três ateliês europeus: Bak Gordon (Portugal), Vylder Vinck Taillieu (Bélgica) e Maio (Espanha).
Cimento, areia, gravilha, tijolos, placas metálicas e madeira foram reunidos no espaço de exposições da Garagem Sul do CCB, para dar uma perspetiva diferente sobre o processo de construção dos edifícios.
A exposição é inaugurada esta terça-feira às 19h e vai ficar patente até 14 de outubro.
O olhar dos arquitetos convidados
"Convidámos arquitetos que pensam a arquitetura de forma diferente", disse o programador da Garagem Sul, André Tavares, durante uma visita guiada aos jornalistas.
O arquiteto Jan de Vylder, que trabalha na Bélgica com Inge Vinck e Jo Taillieu, sublinhou "a grande beleza dos materiais".
"Não é uma fixação sobre os materiais, mas a intenção de dar-lhes uma perspetiva diferente", acrescentou o arquiteto do ateliê que este ano foi premiado com um Leão de Prata na Bienal de Arquitetura de Veneza.
Por seu turno, o arquiteto português Ricardo Bak Gordon apresenta nesta exposição uma construção básica em tijolo que representa um projeto real que irá ser construído no Alentejo. Criada à escala natural, com seis metros de altura, a estrutura em tijolo representa, na exposição, "o valor simbólico da casa".
"O Homem constrói a sua casa mais ou menos da mesma maneira há muito tempo. Eu acredito que a arquitetura pode evoluir de um processo muito simples", comentou o arquiteto, que foi galardoado com o prémio Festival of Architecture and Design (FAD), em 2011, entre outros prémios.
Ana Puigjaner, do ateliê Maio (Barcelona), premiado com um Leão de Ouro, indicou que o seu projeto na exposição foi o resultado de "repensar o espaço e torná-lo mais pequeno, mostrando o processo de construção, que começa realmente no escritório, com a criação de maquetas em várias escalas”.
Dia de festa no CCB
Para hoje está prevista também a inauguração de outra estrutura arquitetónica, na Praça CCB, que costuma acolher uma construção efémera para representar "a dimensão transitória dos lugares e das coisas".
A estrutura servirá para a projeção semanal de documentários sobre arquitetura e música, que integra a programação do CCB de Verão.
Esta terça-feira, o CCB celebra ainda os seus 25 anos, convidando todos os públicos a participar numa festa, a partir das 19 horas, com um conjunto de DJ com diversos perfis artísticos, do cinema às artes plásticas, da música ao teatro, para celebrar ao ar livre "a cidade de todas as artes".
Entre os artistas confirmados estão Tânia Afonso, Black Bambi (M̶i̶g̶u̶e̶l̶ Bonneville), Tomás Cunha Ferreira, Bruno Pernadas/João Vaz Silva, Joana Barrios & André E. Teodósio, João Botelho e Manel Cluny.
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