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Se fosse fácil de perceber, não tinha tanta piada
Romances, ação e comédias à parte, há um género de conteúdos que, mesmo que não agrade a todos, tem vindo a arrecadar uma onda de fãs: o sobrenatural. Não estou a falar de filmes como “Twilight” nem de séries como “Teen Wolf”, apesar de esses exemplos também terem a sua quota parte de apreciadores. Estou a falar de misturas de suspense, terror e thriller que nos fazem pensar “Será que isto pode ser real e eu é que nunca reparei?”.
Há vários exemplos por aí, e alguns dos melhores são produtos da Netflix. “Dark” e “Stranger Things” são algumas das opções da plataforma de streaming, mas há uma outra produção recente que também parece estar a fazer sucesso. Chama-se “Katla”, estreou há uns dias e, apesar de não ser falada em inglês e de ter um registo mais frio do que as séries americanizadas, ainda não saiu do top de conteúdos mais vistos.
A série vai buscar o nome a um vulcão da Islândia, que serve também de cenário para o enredo. Para te conseguir explicar a premissa sem revelar demasiado, vou dar-te uma espécie de sinopse alternativa: Um ano depois de o vulcão ter entrado em erupção, a pequena vila de Vik está quase deserta e os poucos habitantes que não a abandonaram lutam todos os dias para conseguir sobreviver num ambiente quase pós-apocalíptico. Do nada, começam a surgir algumas situações que levantam as suspeitas de que algo de estranho se está a passar.
Como esta descrição parece demasiado ambígua e geral (certamente consegues pensar em vários exemplos de conteúdos cuja sinopse refere “suspeitas de que algo de estranho se está a passar”), vou dar-te alguns exemplos que te vão despertar a curiosidade sem dar grandes spoilers:
Começam a aparecer várias pessoas na vila cobertas de cinzas e cuja existência era desconhecida para todos (não nos podemos esquecer de que estamos a falar de um sítio onde viviam umas 30 pessoas e todos se conheciam);
Há quem tenha sido dado como morto numa outra cidade e agora apareça são e salvo sem qualquer explicação;
- Assistimos a um encontro inesperado entre uma pessoa de 50 anos com a sua versão 20 anos mais nova;
Tudo isto e muito mais numa série que ainda só tem uma temporada e oito episódios disponíveis e que teima em dar-nos muito mais perguntas do que respostas. Ah, e deixo-te ainda a dica: muito pouco da série é falado em inglês. Se queres mesmo apanhar todos os detalhes para poderes decifrar o mistério o mais rápido possível, não podes dividir atenções com o teu feed do Instagram, do Twitter ou do TikTok.
O avô menos avô da cultura pop
Por falar em géneros “alternativos”, há quem ache que a animação foi feita só para os mais novos. Ainda que não possa negar que há produtos feitos para crianças que deixam qualquer adulto encantado, acho que quem pensa isto simplesmente não descobriu ainda as séries e filmes de animação certos. Se em edições anteriores desta newsletter já te falei de uma das minhas séries de animação preferidas, “Big Mouth”, hoje vou falar-te de outra que, apesar de ser bastante conhecida, apenas comecei a ver há uns dias, mesmo a tempo de apanhar a estreia da sua quinta temporada.
Refiro-me a “Rick and Morty”, uma ‘bonecada’ (e não o digo no sentido pejorativo) da qual já ouviste certamente falar se costumas estar minimamente atento a memes e trends. A série é uma produção que começou por ser transmitida no Cartoon Network em 2013 e que foi pensada para integrar o bloco de programação para adultos da Adult Swim (sim, exatamente, aquele da trend do TikTok).
Ora, depois de vários anos a ver e ouvir falar da série e de muitos “Mariana, devias ver isto, é mesmo bom”, lá chegou a notificação da app da HBO que me avisava que a quinta temporada estava prestes a estrear e que me levou a dar play no primeiro episódio. Ainda não devorei as temporadas todas, mas já vi vários episódios, e vou dar-te um breve resumos sobre as personagens principais:
- No centro da história está uma família típica americana (no fundo, parece ter sido usado o mesmo ponto de partida que serviu para criar outras sitcoms de animação como “Os Simpsons” ou “American Dad”). Para além do pai, da mãe e da filha mais velha, os protagonistas principais são o avô Rick e o neto Morty;
Rick é um avô que não podia ser menos avô. Não é daqueles que dá 20 euros para o neto comprar um perna de pau (um clássico de avós) e que o obriga a sentar-se com ele numa cadeira de baloiço, debaixo de um alpendre, enquanto conta histórias de quando tinha a sua idade, Em vez disso, Rick é um cientista louco e excêntrico, com problemas de consumo de álcool, que está constantemente à procura da sua próxima grande invenção. Mas nunca quer ir sozinho e arrasta consigo o seu neto;
Morty é o seu neto que, de forma compreensível, fica mais entusiasmado com poder visitar outros planetas com o seu avô do que com a rotina chata de um miúdo que é pouco popular na escola. Para além de ser uma constante preocupação para os pais, está também 24 horas por dia a tentar salvar o seu avô de cometer erros, numa espécie de missão com os papéis invertidos.
- De episódio para episódio, vivem os dois grandes aventuras que, para além de nos roubarem gargalhadas, têm um toque de moral da história que tanto pode estar ligado ao propósito da vida como, por exemplo, à necessidade de vivermos as coisas na idade certa. Dá para perceber porque é que se diz que é uma série de adultos, ou não?!
Como já te disse, se quiseres ver a série, incluindo a temporada mais recente, está tudo disponível na HBO Portugal para uma tarde de peripécias de animação que trazem a nostalgia dos desenhos animados de cientistas malucos. Mas se apenas subscreves a Netflix e queres dar uma vista de olhos por “Rick and Morty”, a plataforma de streaming tem disponíveis as primeiras quatro temporadas.
Créditos Finais
Ainda não vi mas quero: Estreou há umas horas “This Is Pop” na Netflix, uma série documental para os amantes de música. Espreita aqui o trailer.
“Pretty Basic”: Enquanto esperas pelo próximo episódio do podcast do “Acho Que Vais Gostar Disto”, recomendo-te este.
Passamos já para sexta? Para além das razões óbvias pelas quais sexta-feira é o melhor dia da semana (onde se inclui a newsletter de Guilherme Geirinhas), esta vai ser especial. Entre os vários álbuns de música que vão ser lançados estão “Planet Her” de Doja Cat e “Call Me If You Get Lost” de Tyler, The Creator.
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Tens recomendações de coisas de que eu podia gostar? Ou uma review de um dos conteúdos de que falei?
Envia para mariana.santos@madremedia.pt
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