Troy Carter, que também é o diretor de serviços criativos da Spotify, disse que o álbum de Prince estará centrado numa fase específica da carreira do músico de Minneapolis, em vez de incluir canções inéditas de diferentes momentos do seu percurso.
"Prince basicamente guardou tudo. Assim há décadas de música, vídeos, maquetes e é demorado o processo de verificar cada um destes elementos e investigar o seu contexto histórico. 'De onde vem isto? Quem colaborou? Onde foi gravado? Em que ano? É uma versão final?'", disse Carter para explicar a complexidade do processo em curso sobre o "enorme arquivo" de Prince.
Na semana passada, voltou a público uma nova versão de "Nothing Compares 2 U", uma canção escrita por Prince, popularizada nos anos de 1990 por Sinéad O'Connor.
Além do álbum de inéditos, é também esperada, ainda este ano, a publicação da autobiografia que o autor de "Purple Rain", "Parade" e "Sign o'The Times", tinha em curso.
Prince morreu a 21 de abril de 2016, aos 57 anos, em consequência de uma overdose de analgésicos opióides, tendo sido encontrado sem vida em Paisley Park, a propriedade onde se situa a casa e o estúdio de gravação que construiu.
O jornal Star Tribune, de Minneapolis, noticiou que os herdeiros de Prince vão processar o hospital em Illinois, nos Estados Unidos, que tratou o músico uma semana antes da morte deste, por overdose.
O jornal, que cita a queixa, noticiou que o processo por morte por negligência foi apresentado na sexta-feira passada, em Chicago, contra um médico e um farmacêutico do Trinity Medical Center em Rock Island, hospital que assistiu Prince em 15 de abril de 2016, seis dias antes da sua morte.
Os seis herdeiros de Prince (a sua irmã Tyka Nelson e os seus meios-irmãos John Nelson, Norrine Nelson, Sharon Nelson, Alfred Jackson e Omarr Baker) alegam que os profissionais deste centro médico não fizeram tudo o que tinham de fazer para investigar o que estava a passar-se com o músico, nem para prevenir outra ‘overdose’.
Os familiares de Prince denunciaram também a cadeia de farmácias Walgreens por entregar medicamentos ao músico, apesar de as receitas estarem em nome do seu empresário, Kirk Johnson.
Na semana passada, a justiça norte-americana excluiu avançar com um processo criminal, após a investigação sobre as circunstâncias da morte de Prince.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou igualmente um acordo com o médico Michael Todd Schulenberg, que tratou do músico norte-americano duas vezes antes da morte.
O médico admitiu ter receitado um analgésico a uma pessoa próxima de Prince, e disse ter consciência de que o fármaco era para o músico.
Comentários